Tecnologia

Nissan e Unicamp estudarão o etanol em elétricos

Biocombustível é visto como alternativa para aplicação em células de energia

Silva (dir.): parceira com diversas instituições de pesquisa no Brasil.

 

Cinco meses depois de confirmar o início de importação e a pré-venda do Leaf, modelo elétrico mais vendido no mundo, a Nissan assinou nesta sexta-feira, 26, contrato com a Unicamp, Universidade Estadual de Campinas, para pesquisar o uso do bioetanol como opção para a mobilidade elétrica. O acordo foi assinado por Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil, e Marcelo Knobel, reitor da Unicamp.

“O acordo propiciará que a Nissan entenda a evolução e o futuro do etanol. Podermos avaliar e desenvolver projetos que criarão soluções de mobilidade elétrica no país”, afirmou Silva. “Será particularmente importante por focar em novos usos para o bioetanol, área em que o Brasil é protagonista e que pode assegurar vantagens competitivas para o país na busca pelo desenvolvimento sustentável”, completou Knobel.

O estudo, na verdade, será conduzido pelo Laboratório de Genômica e BioEnergia da universidade paulista. A instituição fará análises, pesquisas e desenvolvimento de produtos e processos relacionados a tecnologias veiculares e biocombustíveis.

A ideia da montadora é viabilizar diferentes formas de alimentação para os veículos elétricos e, no futuro, ter soluções para várias matrizes energéticas em todo o mundo. O bioetanol, contudo, não é uma novidade no grupo: desde 2016,  ele  vem sendo estudado em conjuntos eletrificados.

Já naquele ano a montadora apresentou o primeiro protótipo de um veículo movido a Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), que funciona com energia elétrica gerada por meio da reação eletroquímica do etanol. O biocombustível entra no sistema apenas para produzir o hidrogênio, elemento químico que abastece a célula de combustível geradora deaeletricidade.

O primeiro período de testes no dia a dia do protótipo SOFC, montado no modelo e-NV200, não disponível no Brasil,  foi realizado até 2017 pelo departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da operação brasileira da montadora.

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O acordo com a universidade paulista é mais um movimento da Nissan brasileira no sentido de pesquisar e desenvolver alternativas locais para a eletrificação dos veículos e para a mobilidade limpa. No ano passado, firmou memorando de entendimento com a Universidade Federal de Santa Catarina para estudos de baterias, e selou acordo com a Enel X para desenvolvimento da mobilidade elétrica no país.

No começo deste ano,  iniciou parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e o Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) que objetiva desenvolvimento de carregadores bidirecionais para os veículos elétricos. Os componentes seriam solução para compartilhamento de energia com a casa do consumidor, edifícios comerciais e a rede.


Foto: Divulgação/Nissan

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Publicado por
Redação AutoIndústria

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