Dentre outros fatores, maior localização de componentes nos últimos anos contribuiu para a queda
A indústria brasileira de autopeças encerrou o primeiro trimestre deste ano com déficit de US$ 922,9 milhões em sua balança comercial, saldo 42,4% inferior ao registrado no mesmo período de 2018, que foi de US$ 1,6 bilhão.
De acordo com dados do Sindipeças, as importações recuaram 21,8% nos primeiros três meses, atingindo US$ 2,73 bilhões este ano, ante os US$ 3,45 bilhões do ano passado. As quedas mais acentuadas aconteceram em fevereiro, da ordem de 28%, e março, de 21,5%.
As exportações, segundo dados da Secex, do Ministério da Economia, atingiram US$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre, com queda de 4,4% no comparativo interanual. O Sindipeças destaca que o resultado de janeiro foi o que mais influenciou nesse resultado, uma vez que em fevereiro e março as exportações cresceram, respectivamente, 2,2% e 1% no comparativo com os respectivos meses de 2018.]
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Segundo a entidade, uma série de fatores ajudam a explicar a surpreendente retração do saldo comercial no trimestre. Do lado das exportações, a crise no mercado argentino potencializou a queda. Principal parceiro comercial das empresas brasileiras, as transações encolheram 41,3% no trimestre.
Recuaram também as vendas para Alemanha (15,4%), Itália (26,6%) e França (28,3%). “O câmbio desvalorizado e a ação das empresas locais para ampliar negócios em novos países/mercados foram insuficientes para reverter o panorama retratado”, avalia o Sindipeças.
Do lado das importações, a entidade destaca a lenta recuperação da atividade interna, o nível da taxa de câmbio e a maior localização de componentes, partes e peças realizada em anos recentes. Além disso, também pesou na queda a suspensão da emissão de certificado de origem pelo governo mexicano dentro do Acordo de Complementação Econômica (ACE 55).
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