Produção cresce em ritmo mais lento por causa da queda nas exportações
O mercado de motocicletas manteve ritmo de crescimento em abril e acumula no quadrimestre 352 mil emplacamentos, expansão de 16,8% ante o mesmo período de 2018, quando foram comercializadas 301,4 mil unidades.
“Houve uma ampliação da oferta de crédito pelas instituições financeiras, sobretudo por parte dos bancos de montadoras”, comenta Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
Também contribuiu para o aquecimento da demanda o aumento do número de contemplações no sistema de consórcio. “Juntos, o CDC, Crédito Direto ao Consumidor, e o consórcio representam quase 70% das vendas de motocicletas no mercado nacional”, informa Fermanian.
Em abril, conforme dados do Renavam, foram foram emplacadas 93,4 mil motocicletas, volume 13,7% superior ao do mesmo mês de 2018 (82,1 mil) e 11,4% maior do que o registrado em março (83,8 mil).
A média diária de vendas do mês passando, segundo a Abraciclo, foi de 4.446 unidades, crescimento de 13,7% ante abril do ano passado e de 0,8% sobre março. “Este é o melhor resultado alcançado pelo setor no mês de abril desde 2015, que apresentou média diária de 5.408 unidades”, informa o presidente da Abraciclo.
Segundo o executivo, o aquecimento do mercado de motos em um contexto econômico relativamente adverso reflete o atendimento à demanda reprimida dos últimos anos.
“O desejo de compra de motocicletas estava evidente, porém o consumidor tinha dificuldades para encontrar o modelo específico que pretendia adquirir. Como as fabricantes reviram seus planos e processos de produção nos últimos meses, foi possível atender a essa demanda específica de maneira bem mais objetiva. Daí resultou o aumento em parte significativa dos negócios”.
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Exportações – A produção segue em ritmo menos acelerado por causa da queda nas exportações, provocada principalmente pela forte retração do mercado argentino, principal comprador da indústria brasileira de motocicletas. Sairam das linhas de montagem em abril total de 91.220 unidades, aumento de 3,2% na comparação com o mesmo mês de 2018 e recuo de 0,3% em relação a março.
No acumulado dos quatro primeiros meses do ano foram produzidas 368.055 motocicletas no PIM, Polo Industrial de Manaus, o que representou evolução de 5,8% ante igual período de 2018 (348.009 unidades). A Abraciclo, em recente revisão, está projetando para este ano uma produção de 1,1 milhão de motos, meta que se for atinigida representará crescimento de 6,1% e, 2019
As exportações de motos nos primeiros quatro meses deste ano limitaram-se a 14,3 mil unidades, redução de 52,3% ante o mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 29.992 unidades.
Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, a Argentina foi o principal comprador de motocicletas brasileiras no primeiro quadrimestre do ano, com 5.650 motocicletas compradas do Brasil e participação de 43,9%. Em seguida vieram Estados Unidos, com 2.552 unidades e 19,8% de penetração, e pelo Canadá, com 1.488 unidades, representando 11,6% do total exportado.
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