O Polo Automotivo Jeep, complexo industrial da FCA em Goiana (PE), completou exatos 4 anos em momento para lá de favorável. A planta, de onde saem os Jeep Renegade, Compass e a picape Fiat Toro, chegou ao patamar de produção diária de 1 mil veículos e há 14 meses trabalha em três turnos.
Desde a inauguração oficial, em 28 de abril de 2015, já foram fabricados na planta pernambucana 600 mil veículos que seguiram para o mercado interno e países sul-americanos.
A data e esses resultados mereceram comemoção nesta quinta-feira (16) no Palácio Campo das Princesas, sede do governo pernambucano. Durante o encontro com o governador Paulo Câmara, Antonio Filosa, presidente da FCA para a América Latina, reiterou que os investimentos em Goiana somarão R$ 7,5 bilhões até 2023, com a expectativa de gerar mais 9 mil empregos na região. A FCA já anunciara R$ 8 bilhões para a planta de Betim (MG) nesse mesmo período.
O complexo automotivo, localizado a meio caminho entre Recife e João Pessoa (PB) foi erguido em área até então rural, cuja atividade econômica restringia-se quase que totalmente à cana de açúcar. Hoje cerca de 13,6 mil pessoas trabalham na própria montadora e nas 16 empresas que integram o Parque de Fornecedores no mesmo sítio.
“O Polo Automotivo Jeep é um modelo global em termos de produtividade, inovação e padrões de qualidade”, enfatizou Antonio Filosa, lembrando que a planta é a mais moderna do grupo o mundo, concebida dentro do conceito de Indústria 4.0.
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Mas nem tudo está como a FCA imaginava quando optou por erguer a sua segunda fábrica de veículos no Brasil em região distante dos principais centro consumidores. A empresa lamenta sobretudo a diferença logística da Região Nordeste, “que resulta em ineficiências ao longo de toda a cadeia produtiva”.
“A questão é delicada e demanda esforços de todas as esferas governamentais até o setor privado. Mas vemos que há interesse real em resolvê-las”, comenta Filosa, que ainda assim reafirmou que tem trabalhado para atrair mais fornecedores para a região e assim atenuar as dificuldades impostas pela distância dos polos consumidores.
Foto: Divulgação/FCA