São Paulo ainda domina o segmento, mas aumenta a participação de outros estados no negócio
O estado de São Paulo ainda concentra grande parte da produção de carros blindados no País, mas a demanda tem crescido em outros estados, em especial o Rio de Janeiro, onde a procura por produtos do gênero ampliou-se em quase 50% no ano passado em relação ao anterior.
Segundo levantamento da Abrablim, Associação Brasileira de Blindagem, divulgada este mês, foram blindados 11.912 veículos no Brasil em 2018. O número é 21,4% inferior ao 2017, quando o volume total chegou a 15.145 unidades, mas a entidade acredita em retomada este ano, com crescimento de 20% a 25% na produção do setor e a volta a patamar próximo de 15 mil unidades.
Do total de veículos blindados produzidos no ano passado, 66%, ou 7.861 unidades, foram feitas em São Paulo. Um ano antes a participação do estado no segmento foi de 75%, o equivalente a 11.358, ou seja, uma retração de 30%.
Já no Rio de Janeiro ocorreu o oposto. Ante 1.272 veículos blindados em 2017, responsáveis por 8,4% da produção nacional, foram blindados 1.894 no ano passado, alta de quase 50% e participação de 15,9%, segundo dados da Abrablim.
O Rio de Janeiro é o segundo estado no ranking nacional de blindagem. Pernambuco (6%), Ceará (4) e Minas Gerais (2,4%) complementa a lista dos cinco estados que mais blindaram no ano passado, vindo na sequêcia Rio Grande do Norte (2%), Pará (1,6%), Santa Catarina (0,45%); Goiás (0,37%); e Bahia (0,31%).
“Esse recorte do levantamento mostra de forma clara que o medo da violência urbana é geral, o que faz o serviço de blindagem ser procurado por brasileiros de todas as regiões do país”, afirma Marcelo Christiansen, presidente da Abrablin, destacando ainda que a frota blindada estimada no País atualmente é de quase 220 mil automóveis.
O executivo também comenta sobre a participação maior do público feminino no mercado de blindados. “A participação das mulheres cresceu de 43% para 46% entre 2017 e 2018”, informa.
Dentre outros detalhes da pesquisa realizada pela Abrablim, destaque para diferença da faixa etária entre usuários homens e mulheres. Enquanto a maioria masculina (38%) tem entre 50 e 59 anos, a maior parte das mulheres (39%) está na faixa dos 40 aos 49 anos. Do número total de usuários da blindagem, 61% são executivos/empresários, 16% políticos, 11% juízes, 9% artistas/cantores e 3% tem outras ocupações.
Em 2018, ainda de acordo com o levantamento da associação, o Jeep Compass foi o veículo mais blindado. O Corolla, da Toyota, foi o segundo, seguido do Volvo XC-60, Land Rover Discovery e BMW X1. A blindagem de nível III-A, que resiste aos disparos de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres .44 Magnum, foi a mais praticada no mercado. O valor médio para esse tipo de proteção é de R$ 53.850,00.
Pós-Venda – Com sede em São Paulo, a BSS Blindagens é empresa líder do setor, com cerca de 11% de market share dos veículos de passeio e comerciais leves no Brasil e 30% entre os automóveis premium (acima de R$ 200 mil).
Há seis meses a empresa inaugurou uma nova área de pós-venda para prestar assistência técnica e realizar revisões periódicas, reparos decorrentes de abalroamentos e de colisões, troca de vidros e acertos de eliminação de ruídos, dntre outras demandas.
Com o novo espaço, a BSS ampliou em 62% o número de atendimentos, que passou de 100 para 162 veículos por mês no período. A meta para este ano, segundo Oswaldo Coelho, gerente da BSS Assistência Técnica, é alcançar 400 unidades reparadas por mês até o final do ano.
Mário Brandizzi Neto, CEO e sócio da BSS Blindagens, lembra que tão importante quanto blindar carros zero-quilômetro, é oferecer serviços de pós-vendas: “À medida em que a frota circulante aumenta, a assistência técnica passa a ser ainda mais essencial, assegurando a qualidade do patrimônio dos clientes”.
Foto: Divulgação/BSS
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