Indústria

Déficit comercial das autopeças cai 40% no quadrimestre

Queda de 19,5% nas importações faz saldo negativo baixar para US$ 1,3 bilhão

O saldo comercial da indústria de autopeças continua em queda. O déficit no primeiro quadrimestre deste ano ficou em US$ 1,3 bilhão, valor 40% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, que foi de US$ 2,2 bilhões.

Segundo o relatório da balança comercial divulgado pelo Sindipeças nesta sexta-feira, 31, o resultado reflete a intensa desaceleração das importações, da ordem de 19,5% no período, e do leve declínio das exportações, na faixa de 2,5%.

As importações no quadrimestre atingiram US$ 3,8 bilhões, ante os US$ 4,72 bilhões do mesmo período de 2018, enquanto as exportações somaram, respectivamente, US$ 2,5 bilhões e US$ 2,57 bilhões.

“Note-se que de acordo com a variação interanual – resultado mensal comparado com o mesmo mês do ano passado – as exportações apresentam taxas positivas, embora modestas, desde fevereiro, ao passo que as importações prosseguem com taxas negativas”, informa o Sindipeças.

De acordo com a entidade, entre os fatores que explicariam a redução das compras no exterior destacam-se a volatilidade e o nível do câmbio, a localização de peças e componentes, a ausência de emissão de certificados de origem pelo México e a redução do draw back intrabloco (Mercosul), por causa da crise na Argentina. Também pesa o ritmo gradual da recuperação da atividade econômica no Brasil.

Outro fator destacado pelo Sindipeças é que a indústria brasileira está importando menos autopeças de forma generalizada. Entre os principais parceiros comerciais, houve redução das aquisições feitas na Itália (-58,4%), na Suécia (-43,7%), no México (-31,2%), nos Estados Unidos (-28,9%) e  na Coreia do Sul (-25,6%).

Também foram negativos os negócios realizados no primeiro quadrimestre com a Alemanha (-15,9%) e, em menor intensidade, com a China (-3,4%).

Com respeito as exportações, os destaques positivos ficaram por conta dos embarques feitos para Estados
Unidos (14,9%), México (22,1%), Chile (44,5%) e Colômbia (26,3%), conforme variação acumulada até abril.


Foto: Divulgação/Cofap

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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