Após o desempenho de maio, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, arriscou nesta quinta-feira (6) prognóstico sobre as exportações brasileiras de veículos em 2019: o atual nível de queda com relação a 2018 não deve ser alterado até dezembro.
Caso confirmada a projeção, o tombo será grande. De janeiro a maio deste ano foram embarcados somente 181,6 mil veículos para outros países, 42,2% a menos do que nos cinco primeiros meses do ano passado.
O recuo entre maio dos dois anos foi um tanto menor, 30,7%, para 42,1 mil unidades. Mas a base de comparação não ajuda. Ao contrário, reforça ainda mais as dificuldades atuais enfrentadas pelo setor lá fora.
Afinal, exatamente há um ano o Brasil enfrentava a greve dos caminhoneiros, movimento que tumultuou o mercado interno, paralisou a produção nas montadoras e as atividades nos portos.
As vendas para a Argentina, principal mercado para os veículos brasileiros no exterior, seguem muito abaixo do esperado e sem sinais firmes de algo mudará no curto prazo, ainda que governo e montadoras locais tenham iniciado nesta quinta-feira o plano Junio 0KM, programa de incentivo que concederá descontos sobre veículos novos ao longo deste mês.
As exportações acumuladas de automóveis e comerciais leves limitaram-se a 173,4 mil unidades — 40,2 mil no mês passado, 31,1% abaixo do resultado de um ano antes — , queda de 41,9% sobre os primeiros cinco meses do ano passado.
O maior recuo, porém, foi registrado pelo segmento de caminhões. Contra mais de 11,8 mil veículos exportados nos primeiros cinco meses de 2018, o acumulado deste ano fica em meras 4,9 mil unidades, recuo de nada menos do que 58,3%.
LEIA MAIS
→Indústria de implementos fecha novos negócios no México
→Mercado argentino despenca 60% no quadrimestre
Foto: AutoIndústria
Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…
Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa
É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…
Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km
Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027