Enquanto algumas marcas fazem um tremendo barulho publicitário e lançam mão de diversas ações de marketing para mostrar as vantagens de seus veículos, outras simplesmente preferem a discrição. As pretensões de volumes são modestas e aí vale mais a pena apostar no “boca a boca” para manter um público quase que cativo.
Bom exemplo desse perfil é a Subaru. Os elogiados carros da montadora, representada no Brasil pelo Grupo CAOA, contam com fiéis seguidores. Os números de vendas não expressivos, mas quase sempre estão dentro de um bem dimensionado universo conhecido importador. De janeiro a maio deste ano, foram negociadas 219 unidades dos quatro modelos Subaru oferecidos aqui. No mesmo período de 2018, o saldo foi de 319 veículos. Ou seja, em um mercado que cresceu acima de 10%, as vendas da marca oscilaram para baixo.
Nada preocupante, já que mais da metade dos Subaru vendidos é do modelo Forester. O utilitário esportivo respondeu por 437 das 813 unidades vendidas em 2018 e, por conta disso, sobre ele recaem as mais expectativas da marca.
E em 2019 esse protagonismo deve ficar ainda mais evidente. Isso porque a quinta geração do Forester acaba de chegar à rede desete concessionárias da marca. As mudanças estéticas são discretas, mas o modelo ganhou muito em tecnologia e assistência de condução.
As mudanças externas mais visíveis no New Forester, como prefere chamar a Subaru, estão nos para-choques, grade e conjuntos de faróis full led, com facho direcionável, e nas lanternas em led redesenhadas. Com preços entre R$ 159.990,00 e R$ 169.990,00, o utilitário esportivo utiliza nova plataforma e, por conta dela, ganhou mais espaço para os ocupantes.
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O porta-malas acomoda 520 litros, 15 litros a mais do que na geração anterior, seu piso ficou mais plano e a tampa traseira tem abertura e fechamento elétricos. O Forester tem multimídia de 8 polegadas e interface com Apple Car e Android Auto. O sistema premium de som Harman/Kardon agora de série.
O motor é Boxer de 2.0 litros aspirado de 156 cv com injeção direta de combustível. Segundo a Subaru, 80% de suas peças foram redesenhadas e o conjunto é 12 quilos mais leve do que a versão anterior. Trabalha com transmissão automática de setes velocidade e sistema start stop. As aletas dagrade dianteira abrem ou fecham em função da velocidade do veículo, da temperatura do motor ou da cabine.
A montadora manteve a tradição da tração é integral permanente e sistema de seleção de modos de condução. Há ainda o X-MODE, recurso para ultrapassar estradas acidentadas, com lama ou irregulares e controle automático de descida e de saída em rampas.
A lista de dispositivo de auxílio de condução é longa. Radares detectam veículos de ambos os lados ao dar ré e alertam o condutor por meio de indicadores LED na superfície do retrovisor externo e com avisos sonoros quando houver risco de colisão. Também identificam veículos que se aproximam por trás. Outro recurso elimina os pontos cegos.
O pacote EyeSight é o grande destaque e responsável pelos R$ 10 mil a mais entre a versão inicial e a topo. É oferecido pela primeira vez no modelo e utiliza duas câmeras estéreo para capturar imagens tridimensionais coloridas que detectam obstáculos e, por meio de indicador no painel, informam o motorista do risco ce colisão.
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O EyeSight atua também nos freios, piloto automático e acelerador, auxiliando na redução da velocidade até, se for o caso, a parada do automóvel. Alerta ainda sobre mudança indevida de faixa de rolagem, movimentação do carro da frente sem que o Subaru comece a andar e sobre desvio não intencional do veículo seja por fadiga do condutor, ventos laterais fortes ou outros.
O pacote tecnológico conta ainda com quatro sensores no para-choque traseiro para detectar objetos, podendo alertar o condutor com avisos sonoros, além de, caso necessário, frear automaticamente para evitar a colisão ou reduzir danos.
Foto: Divulgação/Subaru