Indústria

Mercado interno cai à metade e Argentina exporta 60% de seus veículos

Produção recuou 33,6% no primeiro semestre

A indústria automobilística argentina fechou o primeiro semestre  com 161,2 mil veículos produzidos, queda de 33,6% sobre o mesmo período do ano passado. Foram fabricados nos 17 dias úteis de junho somente 30,3 mil unidades, 21% a menos do que em maio, que teve 4 dias úteis a mais. O recuo com relação ao mesmo mês do ano passado, porém, foi ainda maior: 39,3 %.

As exportações têm tido peso essencial no ritmo das linhas de montagens. De janeiro a junho saíram do país 107,7 mil veículos, ou seja, mais de 60% do produção acumulada no período. Ainda assim, os embarques recuaram 11,4% frente às 121 mil unidades exportadas nos primeiros seis meses do ano passado. Em junho a Argentina exportou 17,4 mil veículos, 20% a menos do que em maio e 24% abaixo do volume registrado um ano antes.

Já vendas no atacado do mercado interno recuaram nada menos do que 55,6% no primeira metade de 2019. Foram negociados no período 187 mil veículos. O resultado poderia ser ainda pior caso governo e montadoras não tivessem criado o “Plan Junio 0km”, que assegurou descontos temporários nos preços de veículos novos e que foi extendido para todo o mês de julho.

Graças aos incentivos, 36,5 mil unidades chegaram às lojas no mês passado, 30,6 % a mais do que em maio, mas ainda 34% abaixo das 55,4 mil que o setor negociou em junho de 2018.

“Temos que continuar trabalhando na implementação de medidas que potencializem os negócios, como as adotadas para bonificar os clientes ou para aumentar as exportações,aque representaram 72% da produção de junho”, disse Luis Fernando Peláez Gamboa, presidente da Adefa, associação das montadoras argentinas.

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Gamboa enfatiza que a indústria local deve se esforçar para ampliar o lista de países compradores de automóveis argentinos. Nesse sentido, o recém fechado acordo comercial do Mercosul com a União Europeia é visto com uma oportunidade de longo prazo pelo dirigente:

“É um acordo que contempla um horizonte mais largo, de 15 anos. Entendemos que é um tempo necessário para que todos os atores façam as correções para competir com este e outros mercados ou blocos. Por esse raciocínio, também devemos melhorar o acesso a países da América Central, que é de grande interesse para a nossa industria”.


Foto: Divulgação

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Redação AutoIndústria

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