Montadoras fecharam 800 vagas em junho, mas Anfavea mantém meta de expansão de 9% no ano
Apesar de ter revisto para baixo a meta das exportações e de a produção no primeiro semestre indicar alta de apenas 2,8% sobre o mesmo período de 2018, a Anfavea mantem a projeção de um crescimento de 9% no total de veículos a ser fabricado este ano.
No acumulado do primeiro semestre, saíram das linhas de montagem cerca de 1,47 milhão de veículos, ante total de 1,43 milhão no mesmo período de 2018, com redução do índice de crescimento do comparativo anual, que até maio era de 5,3%.
Um dos dados que mostra a desaceleração na produção é o menor volume de veículos fabricados em junho em relação ao mesmo mês do ano passado. A queda foi de 9% nesse comparativo – 233,1 mil unidades contra 256,3 mil – e chega a 15,5% em relação a maio, quando foram produzidos 275,7 mil veículos.
Com relação ao comparativo mensal, a justificativa do presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, é o menor número de dias úteis em junho, férias coletivas em algumas montadoras, além da queda das vendas externas. De qualquer forma, verifica-se redução no quadro de mão de obra das montadoras. Entre fevereiro e junho foram demitidos 1,8 mil trabalhadores, dos quais 800 no mês passado.
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No caso dos automóveis e comerciais leves a expansão no acumuado do ano é de apenas 2,5%, de 1,37 milhões de unidades para 1,4 milhão, enquanto nos caminhões a evolução chega a 11,8%, de 49,6 mil para 55,4 mil. Ao divulgar os números do setor nesta quinta-feira, 4, Moraes previu melhores dias neste segundo semestre.
“Estamos no meio do jogo, começando o segundo tempo”, argumentou o executivo, falando em perspectivas favoráveis quanto à aprovação da reforma da previdência, o que poderá refletir positivamente na economia. “Além disso, há maior disponibilidade de crédito do que no ano passado e os juros tendem a cair, o que pode aquecer o mercado interno, compensando as perdas na exportação”.
O crescimento dos negócios domésticos, de 12,8% no ano, para 1,17 milhão de emplacamentos, está sendo sustentado principalmente pelas vendas diretas, que expandiram-se em mais de 23% no semestre. As exportações, por sua vez, despencaram 41,5% por causa, principalmente, da crise na Argentina.
Foto: Divulgação/Renault
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