A indústria brasileira de autopeças fechou os primeiros cinco meses do ano com crescimento de 13,7% sobre o mesmo período do ano passado, com desempenho positivo em todas as suas áreas de atuação. Em maio atingiu 73% de uso da capacidade instalada, reduzindo a ociosidade em relação ao mês anterior de 30% para 27%, o menor nível em 15 meses.

Os dados foram publicados no site do Sindipeças, indicando aumento de 7,9% na receita de maio com relação à de abril e de expressivos 42,1% sobre o mesmo mês do ano passado. Vale lembrar que nesse última caso é um comparativo distorcido em função da greve dos caminhoneiros de maio do ano passado, quando a indústria foi fortememente afetada por falta de abastecimento em suas linhas de montagem.

No confronto do acumulado do ano, as vendas do setor para as montadoras cresceram 15,8%, enquanto os negócios no mercado de reposição tiveram alta de 9,7% e os relativos às exportações ampliaram-se em 5,3%. A maior elevação, contudo, foi nos negócios intrassetoriais, com expansão de 34,8%. A alta de faturamento no acumulado até maio, de 13,7%, é superior à que o setor registrava até abril, da ordem de 7,6%.

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A variação do faturamento no acumulado de 12 meses cresceu 15,6%, com relativo destaque para as exportações em reais, apesar da crise na Argentina, que evoluíram 17,2%. Já em dólar a receita com vendas externas recuou 0,6% na mesma base de comparação.

As montadoras responderam em maio por 66,1% da receita da indústria brasileira de autopeças, enquanto as exportações ocuparam fatia de 16,5% e a reposição, 13,1%. As transações intrassetoriais tiveram penetração de 4,3%. Com relação a abril, o nível de emprego no setor recuou 0,7% em maio. Em relação ao mesmo mês do ano passado a queda é ainda maior, na faixa de 3,6%.


Foto: Divulgação/Meritor

Alzira Rodrigues
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