AFiat está projetando para 2019 um índice de crescimento do mercado de automóveis e comerciais leves inferior ao estimado no primeiro semestre. Ante previsão de uma alta de 10%, acredita agora em expansão de 7,8%, o que representará a venda de 2 milhões 665 mil unidades contra os 2 milhões 472 mil emplacamentos de 2018.

Segundo o gerente da marca Fiat para a América Latina, Hugo Domingues, a recém-aprovada reforma da previdência pode alterar a nova projeção, mas é preciso esperar as próximas semanas para ver como o mercado reagirá.

“Fazemos contas todos os dias”, comenta o executivo. “Um índicador que acompanhamos de perto é o índice de confiança do consumidor, fundamental para o fechamento de novos negócios. Como cerca de 70% das compras do setor são financiadas, o medo do desemprego, por exemplo, afeta diretamente as vendas no varejo”.

A Fenabrave já revisou de 11% para 8% a meta de expansão do segmento de automóveis e comerciais leves este ano. A Anfavea ainda mantém a estimativa de 11%, mas já alterou a meta das exportações, que vão cair bem mais que o previsto. A entidade das montadoras acredita, a princípio, que para o mercado interno o segundo semestre será melhor que o primeiro.

LEIA MAIS

Anfavea reduz projeção das exportações

Fenabrave revisa para baixo projeção de alta para este ano

Com relação ao alto volume de vendas diretas, o gerente da Fiat explicou que grande parte desses negócios no caso da Fiat é feita junto ao consumidor individual e não grandes frotistas. “Das nossas vendas diretas, 80% são direcionadas a produtores rurais, micro empresários, taxistas e público PcD (pessoas com deficiência). Apenas 20% direcionam-se às locadoras”.

Ou seja, são vendas feitas com base no CNPJ e não CPF (com excessão do PcD), mas sem significar negócios de altos volumes. A Fiat é uma das marcas que tem a maior parte dos seus negócios internos baseda em vendas diretas.

LEIA MAIS

As variações das vendas diretas por marca

Fiat amplia linha Toro com duas novas versões de entrada

A Fiat encerrou o semestre com a venda de 171,4 mil automóveis e comerciais leves vendidos internamente, com participação de 13,7% no período. É a terceira marca mais vendida no País, perdendo apenas para a General Motors e a Volkswagen.

A montadora é lider no segmento de picapes com a Strada e a Toro. A primeira emplacou 36,3 mil unidades no semestre a segunda, 28,6 mil. Esta semana a fabricante lançou em Pernambuco a linha 2020 da Toro, que entre outas novidades chega ao mercado com duas novas versões de entrada, uma flex e outra a diesel.


Foto: Divulgação/Fiat

 

Alzira Rodrigues
ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!