Reconhecidamente uma das gigantes mundiais menos adiantadas no processo de desenvolvimento de veículos elétricos, a Toyota parece ter resolvido pisar no acelerador.
Um mês depois de fechar parceria com a Subaru para construção de plataforma específica, a empresa anunciou nesta sexta-feira (19) parceria com a chinesa BYD para desenvolver baterias e automóveis integralmente elétricos nos próximos anos.
As duas montadoras revelaram a disposição de produzir sedãs e utilitários esportivos com a tecnologia para comercialização no mercado chinês, o maior do mundo, com a marca Toyota ainda na primeira metade da próxima década. O primeiro deles, uma versão do SUV compacto C-HR, deve estar nas ruas já no ano que vem.
Criada em 1995 como fabricante de baterias, a BYD passou a criar seus próprios veículos elétricos, além de células de armazenamento de energia de grande porte e também motores elétricos. Em 2008 se tornou a primeira empresa do mundo a produzir veículos elétricos híbridos plug-in (PHEVs) em massa.
A BYD se autointitula maior fabricante mundial de baterias de lítio-ferro e de veículos elétricos e plug-in, e a segunda maior fornecedora global de componentes para celulares, tablets e laptops. Vende cerca de 30 mil veículos elétricos ou híbridos por mês na China e já produziu mais de 50 mil ônibus com a tecnologia em cerca de três anos.
A produção acumulada de automóveis até o ano passado superou as 500 mil. E o ritmo nas suas linhas de montagem só tem aumentado de forma exponencial, tanto que a empresa projeta produzir outras 500 mil unidades somente neste ano.
A aproximação com um dos maiores fabricantes globais será fundamental para a Toyota alcançar sua meta, recentemente revelada, de concentrar metade de suas vendas globais em modelos eletrificados, incluíndo híbridos — segmento bastante desenvolvido pela marca com o Prius —, já em 2025, cinco anos antes do que seu plano inicial.
Analistas internacionais entendem que, mais do que os próprios veículos, o acordo com a empresa chinesa assegurará maior oferta de baterias, necessárias além daquelas que a Toyota recebe e desenvolve há anos com a também japonesa Panasonic.
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Foto: Divulgação/Toyota