Empresa obteve margem operacional recorde de 8,7%
“Estamos prontos para a eletrificação e para enfrentar os próximos desafios tecnológicos.” A frase é de Carlos Tavares, CEO do Grupo PSA, ao fazer o balanço do primeiro semestre do conglomerado que reúne cinco marcas de veículos, além de operações financeiras e da divisão de autopeças.
A confiança do executivo, que há cerca de seis anos iniciou o processo de recuperação da empresa que então vivia delicadíssimo quadro financeiro, está amparada pelos bons resultados colhidos no ano passado e novamente nos primeiros seis meses de 2019.
O grupo apresentou, de janeiro a junho, forte incremento de 11% no lucro operacional — chegou a € 3,34 bilhões — e margem operacional recorde de 8,7%. Já o lucro líquido subiu ainda mais: bateu em € 1,83 bilhão, 24% acima do montante alcançado no mesmo período do ano passado.
Em entrevista coletiva, Philippe de Rovira, vice-presidente financeiro, interpretou que os resultados provam a sustentabilidade do desempenho do grupo, “apesar da fraqueza dos mercados globais”. No acumulado até junho, o Grupo PSA vendeu pouco mais de 1,9 milhão de veículos em todo o mundo, quase 13% a menos do que o registrado no primeiro semestre de 2018.
A baixa nas vendas reflete, em especial, o encolhimento de três dos quatro maiores polos consumidores globais de veículos das várias marcas do conglomerado francês. A exceção foi justamente o maior mercado da montadora, a Europa, que respondeu por 1,68 milhão de veículos em 2019, praticamente o mesmo volume dos primeiros seis meses de 2018.
LEIA MAIS
→ Vendas globais da PSA recuam 13% até junho
→ PSA aumenta capacidade de produção global de furgões
Com o encolhimento das vendas de veículos, a receita total do grupo também recuou, mas apenas 0,7%, para € 38,3 bilhões. Só a divisão automotiva respondeu oir quase € 30,4 bilhões, 1,1% a menos do que no ano anterior.
A PSA estima que a demanda mundial de veículos está desacelerando. Prevê queda de 1% na Europa e contração de 7% na China em 2019. O mercado chinês, inclusive, teve impacto negativo € 302 milhões de euros da receita do grupo no primeiro semestre, com recuo das vendas de mais 61% no período.
Europeia — O board da empresa decidiu propor aos acionistas transformar a Peugeot S.A. em uma empresa europeia na próxima assembleia de acionistas no ano que vem. Esta estrutura de negócios, usada por um número crescente de empresas, é reconhecida em todos os países da União Europeia.
A mudança, afirma a empresa, não teria impacto na governança, operações, organização ou local de listagem da Peugeot S.A., mas permitiria ao grupo alinhar sua estrutura legal com a sua situação econômica e social. Não reduziria também os direitos atuais dos acionistas ou alteraria a localização da matriz ou de sua administração centralizada na França.
Foto: Divulgação/PSA
Empresa também está criando empresa dedicada para o segmento
Operação começa com sensor de NOx para pesados
Empresa muda embalagens para dificultar essa prática e quer crescer 10% este ano no mercado…
Mercado mundial de elétricos, mesmo na China, passa por momentos de incertezas
Anderson Pontalti mostra os avanços da empresa nos últimos dez anos, com operações internacionais triplicadas
No Brasil, empresa quer crescer 300% no segmento de reposição