Empresa

Com o fim da Ford Caminhões, Cummins busca novos negócios

Fabricante terá queda na produção de motores diesel, mas espera repetir faturamento de 2018

Com quase 1/3 da sua produção de motores diesel destinado à Ford Caminhões, a Cummins adotou estratégia de ampliar negócios em outros áreas e também suas exportações para não perder receita este ano em função da decisão da montadora de encerrar suas atividades no País.

O presidente da Cummins Brasil e vice-presidente da Cummins Inc., Luiz Pasquotto, admite que haverá queda de quase 20% na produção de motores diesel — de 42 mil para 34 mil unidades  — mas espera faturamento similar ao do ano passado agora em 2019.

“Estamos reacomodando nossos negócios”, diz o executivo. “A MAN, por exemplo, absorveu parte da produção de motores. Além disso, estamos ampliando vendas para outros segmentos auotmotivos, como o fora de estrada, assim como em outras áreas, como a de geradores de energia. Sem contar que passamos a exportar mais peças, como blocos e cabeçotes, para outras unidades da Cummins no mundo”.

LEIA MAIS

Ford não cede e governo ajudará na venda da fábrica do ABC

No ano de seu centenário no Brasil, Ford fechará São Bernardo do Campo

Faturamento da Cummins cresce 8% no primeiro trimestre

Pasquotto pondera que no mercado interno de caminhões outros fabricantes vão acabar absorvendo as vendas que deixarão de ser feitas pela Ford. “A notícia sobre a decisão da Ford Caminhões de suspender produção em São Bernardo do Campo (SP) foi impactante, mas não é o fim do mundo”, fez questão de frizer o  presidente da Cummins.

Durante apresentação nesta quinta-feira, 25, do novo grupo gerador B3.3 emissionado em Guarulhos (SP), o executivo deixou claro que a empresa não pretende abandonar o diesel. “Esse combustível ainda tem muito potencial. Nosso papel é melhorar a eficiência energética visto que com a introdução do Euro 6 as emissões serão ainda mais reduzidas”.

A decisão de “não abandonar o diesel” é um estratégia mundial e local da companhia. Segundo Pasquotto, haverá espaço para a eletrificação, o motor diesel e também as soluções híbridas, com nichos específicos para cada um.


Foto: Divulgação/ Cummins

 

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás