Enquanto a venda de carros usados com mais de três ano de uso registra desempenho posistivo no ano, a venda de seminovos continua em queda. A retração foi de 16,1% no comparativo de julho com junho e está na faixa de 10,5% no acumulado do ano, conforme dados divulgados nesta segunda-feira, 5, pela Fenauto, Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores.
Foram comercializados 167,1 mil veículos seminovos no mês passado, incluindo leves, pesados e motocicletas, ante os 199 mil de junho. Nos primeiros sete meses do ano as vendas desse segmento totalizaram 1,37 milhão de unidades, contra as 1,53 milhões registradas em igual período de 2018.
Em contrapartida, a demanda por veículos com 4 a 8 anos de uso – que são os mais procurados no mercado de usados – cresceu, repectivamente, 22,1% e 1,2%, para 517 mil unidades no mês e 3,26 milhões no acumulado até julho.
O segmento que apresenta maior evolução no ano é o dos veículos com 9 a 12 anos, com total de 1,65 milhão de unidades comercializadas, expansão de 13,2% sobre a venda de 1,46 milhões de unidades do mesmo período de 2018.
O setor contempla ainda o segmento dos chamados velhinhos, com mais de 13 anos de uso, que totalizou 343 mil unidades no mês passado e 1,9 milhão no ano, com altas de, respectivamente, 42% e 5,7%.
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O mercado de usados com um todo, segundo o balanço da Fenauto, atingiu 1.334.032 veículos em julho, contra 1.071.220 em junho, crescimento de 24,5%. A entidade avalia que, em parte, a alta deve-se ao fato de o mês passado ter tido dois dias úteis a mais. Mas ressalta que também foi positivo em 8,3% o levantamento relativo a venda média diária.
No acumulado do ano, com total de 8,18 milhões de veículos usados, a expansão é de 2,2%. Apesar, no entanto, da melhoria das vendas e dos resultados acumulados positivos, a Fenauto continua mantendo o tom de moderação sobre o acomodação do mercado.
Para o presidente da entidade, Ilídio dos Santos, esses resultados indicam que um certo ânimo pode estar se consolidando e as incertezas sobre o futuro próximo começam a ser menores. “Devemos lembrar que apesar de a economia ainda não ter deslanchado como esperávamos, já tivemos a aprovação preliminar da reforma da previdência, o que esperamos possa ser o começo de um ciclo mais duradouro de aquecimento dos negócios”.
De qualquer forma, o executivo diz que a Fenauto vem acompanhado com atenção a variação negativa dos índices de confiança do consumidor, a redução das previsões de crescimento do PIB e os relatórios de outros agentes que apresentam suas projeções e perspectivas sobre o desempenho da economia, regularmente: “Sabemos que essa série de fatores pode influenciar na decisão de compra de um veículo”.
Foto: Pixabay
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