OBrasil exportou 42,1 mil veículos no mês passado. Ao lado de maio, foi o melhor resultado mensal de 2019 e 4% acima do registrado em junho. Ainda assim, a comparação frente a julho de 2018, quando foram embarcados 49,7 mil automóveis, caminhões e ônibus, mostra a atual debilidade das exportações.
O desempenho acumulado ao longo dos primeiros sete meses do ano ilustra de maneira ainda mais fiel esse quadro. Foram enviados para outros países no período 264,1 mil veículos, 38,4% menos do que em igual período do ano passado.
Porém, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, enfatizou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (6), que o resultado acumulado até julho é menos ruim do que na comparação entre os primeiros semestres de 2018 e 2019, quando o recuo superou 41%.
“Caminhamos para confirmar nossa projeção de queda de 28,5% em 2019”, afirmou o dirigente, que destaca Colômbia e México como mercados que têm crescido e, ao menos em parte, atenuado a abrupta queda dos embarques para a Argentina, maior mercado internacional dos veículos brasileiros exportados.
Moraes entende que essa grande dependência do país vizinho se deve, sobretudo, à falta de competitividade da indústria nacional, que afeta até mesmo os negócios com mercados regionais.
Segundo a Anfavea, excluindo as vendas para a Argentina, os veículos brasileiros têm apena 9,2% de penetração média nos demais mercados da América Latina. No México, especificamente, a participação é ainda menor: 5,2%.
Em outros mercados, os veículos brasileiros têm presença apenas marginal: 0,03% nos Estados Unidos e Canadá, 0,01% na Europa e nada na China e Japão. “Até na África, onde poderíamos ter um desempenho melhor, os nossos veículos participam com só 0,7% das vendas”, reforça Moraes.
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