Mercado

Fenabrave critica vendas diretas e pede reforma tributária

Presidente da entidade aproveita presença do presidente da República no ExpoFenabrave para abordar os problemas do setor

Aabertura da ExpoFenabrave 2019, realizada na manhã nesta terça-feira, 6, em São Paulo, serviu de palco para o presidente da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores, Alarico Assumpção Jr, defender urgência da reforma tributária e voltar a criticar o excesso de vendas diretas por parte das montadoras.

No palco, ouvindo seu discurso, estava o presidente da República, Jair Bolsonaro, além de outras autoridades federais, estaduais e municipais. O evento não contou, contudo, com a participação do presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, que na parte da manhã comandou coletiva de divulgação do balanço do setor na sede da entidade.

A questão das vendas diretas já tinha sido levantada por Assumpção Jr. no início de julho, em reunião com a imprensa para divulgar o balanço do semestre, e chegou a gerar reação do presidente da Anfavea logo na sequência, quando ele deixou claro não ser um assunto em pauta no momento ao dizer que “as vendas diretas vieram para ficar”.

LEIA MAIS

Vendas diretas batem recorde e preocupam Fenabrave

Presidente da Anfavea diz que venda direta veio para ficar

Em seu discurto desta terça-feira, 6, o presidente da Fenabrave voltou a dizer que a entidade não é contra as vendas diretas, mas sim contra a diferenciação de preço das montadoras dependendo do cliente. “Falta isonomia, é isso que nos incomoda. Essa injusta diferença deve ser combatida. A falta de isonomia compromete a rentabilidade das concessionárias e afeta os consumidores, que não são beneficiados com descontos”.

Em julho, a participação das vendas diretas nos negócios totais relativos a automóveis e comerciais leves chegou a 45,4% – no acumulado do ano a fatia é de 44,1%. Dentre os principais clientes das montadoras estão as locadoras, que têm descontos expressivos na compra e depois de um ano podem revender o veículo como seminovo, gerando também nesse segmento uma concorrência que os concessionários consideram desleal.

Com relação à reforma tributária, Assumpção Jr. fez questão de deixar claro que o setor de distribuição não quer incentivos. Mas ressaltou: “Não temos como suportar a maior carga tributária do mundo. Esses altos tributos são desumanos e incoerentes para um país que deseja e precisa crescer”.

O 29º Congresso & ExpoFenabrave, que acontece no Transamerica Expo Center até quarta-feira, 7, reúne mais de 50 expositores que apresentam produtos, soluções e serviços expecíficos para o setor de distribuição automotiva, com foco em ganhos de produtividade e de qualidade no atendimento aos clientes.

Dentre as empresas presentes estão Banco Itaú, B3, OLX, GestAuto Brasil, Grupo Canopus, Phone Track e Union Solutions. Considerado o maior do setor na América Latina e o segundo maior do mundo, o evento deverá receber em seus dois dias mais de 3,5 mil participantes de todos os estados brasileiros e também do exterior.


 

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

DRiV tem três novas marcas globais para a reposição no Brasil

Empresa também está criando empresa dedicada para o segmento

% dias atrás

Schaeffler prepara estreia da marca Vitesco na América do Sul

Operação começa com sensor de NOx para pesados

% dias atrás

Cummins perde R$ 220 milhões/ano por causa de peças falsificadas

Empresa muda embalagens para dificultar essa prática e quer crescer 10% este ano no mercado…

% dias atrás

Excesso de otimismo inicial só atrapalha avanço de elétricos

Mercado mundial de elétricos, mesmo na China, passa por momentos de incertezas

% dias atrás

Frasle quer crescer 50% em 2025 e atingir receita de R$ 6 bilhões

Anderson Pontalti mostra os avanços da empresa nos últimos dez anos, com operações internacionais triplicadas

% dias atrás

Aumovio, o novo nome da Continental Automotive

No Brasil, empresa quer crescer 300% no segmento de reposição

% dias atrás