Depois de anunciar o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), perder substancial participação de mercado e encerrar a produção do Fiesta no Brasil e do Focus na Argentina, a Ford está recorrendo à China para tentar atenuar os impactos desse quadro adverso na América Latina.
Sem projetos mais relevantes para a região no curto prazo, a montadora trará do país asiático para os mercados locais, a partir de 2020, o Territory, utilitário esportivo produzido pela chinesa JMC, confirmou nesta quarta-feira (7) Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.
O SUV médio chinês já não é novidade por aqui. Foi apresentado à imprensa especializada no fim do ano passado, dias antes de ser exibido também no Salão do Automóvel de São Paulo, quando a montadora aproveitou para colher opiniões dos visitantes sobre o potencial produto que pode ser fabricado na Argentina em uma segunda etapa.
Na época, porém, a Ford não revelou muitos detalhes sobre as principais características técnicas das versões que poderiam circular nos países sul-americanos, caso resolvesse importá-lo. Mas passados nove meses, pouca coisa mais foi revelada. De concreto, a montadora afirma que o modelo terá como grande atrativo um elevado nível de conectividade e tecnologia.
Cita, por exemplo, carregamento sem fio para celular, central multimídia e painel de instrumentos com telas de 10 polegadas, sistema de comunicação em tempo real com modem embarcado conectado que permite travar, destravar, dar partida, localizar e obter informações de telemetria do carro remotamente.
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A montadora também pretende oferecer no SUV, dentre outros recursos, câmera de visão 360 graus, piloto automático adaptativo, alerta de permanência em faixa e monitoramento de ponto cego.
O Territory deve disputar consumidores com os importados Volkswagen Tiguan e Toyota Rav 4, por exemplo. A briga mais direta com o nacional Compass, contudo, é pouco provável. O SUV médio da Jeep é mais vendido no mercado brasileiro, disparado. De janeiro a junho, foram negociadas mais de 34,2 mil unidades do modelo, cinco vezes mais do que o Tiguan.
Foto: Divulgação/Ford
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