Impulsionado pela maior oferta de crédito e também pela necessidade de renovação de frota, o mercado de motocicletas segue em alta este ano, refletindo positivamente na produção dos fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus.
Segundo dados do Renavam analisado pela Abraciclo, em julho houve 90.048 emplacamentos, o equivante a um aumento de 18,1% em relação ao mesmo mês de 2018 (76.226 unidades) e de 12,5% sobre junho (80.023). Em sete meses foram comercializadas 620.082 motos, volume 16,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (532,9 mil unidades).
Com 23 dias úteis, a média diária de vendas de julho foi de 3.915 unidades, o melhor resultado para esse mês desde 2015, quando foram licenciadas 4.684 unidades por dia. Esse desempenho é 13% superior ao registrado no mesmo mês de 2018 (3.465 unidades/dia com 22 dias úteis) e 7,1% menor ao alcançado em junho deste ano (4.212 unidades/dia, com 19 dias úteis).
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a maior oferta de crédito é o principal impulsionador do mercado. “Hoje, cerca de 70% das vendas de motocicletas são financiadas via CDC, Crédito Direto ao Consumidor, e pelo consórcio”, comentou o executivo, destacando que a motocicleta é uma alternativa viável de transporte para a maioria dos consumidores, graças ao menor custo de manutenção e ao baixo consumo de combustível.
Em julho foram fabricadas 91.713 unidades, totalizando 628.818 no acumulados dos primeiros sete meses do ano. Tal volume representa alta de 6,3% sobre o mesmo período do ano passado, quando saíram das linhas de montagem 591.753 motos.
A produção de julho foi 34,6% superior à de junho (68.121 unidades), mas indicou queda de 4,8% no comparativo com idêntico mês do ano passado (96.338 unidades).
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A Street foi a categoria de motocicleta mais vendida no Brasil em julho, com 45 mil unidades (51,6% de participação). Na sequência ficaram a Trail (18.228 e 20,9%), Motoneta (11.115 e 12,7%) Scooter (7.595 e 8,7%) e Naked (1.997 e 2,3%). As posições foram mantidas no ranking dos primeiros sete meses do ano.
Exportações – As vendas externsa em julho totalizaram 2.788 unidades, sendo que a Argentina – apesar da retração naquele mercado – ainda é o principal parceiro comercial do Brasil, com 1.318 unidades embaracas e 45,2% de participação no total exportado. Na sequência, estão os Estados Unidos (880 e 30,2%) e a Colômbia (358 e 12,3%).
No acumulado do ano, as exportações somaram 23.180 unidades, queda de 49,9% em relação ao mesmo período de 2018. Segundo dados do Comex Stat, de janeiro a julho foram embarcadas 11.632 motocicletas para a Argentina (48,6% de participação). Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar (4.313 e 18%), seguidos pela Colômbia (2.953 e 12,3%).