A Fras-le divulgou balanço financeiro do segundo trimestre e primeiro trimestre com resultados positivos, apesar dos aumentos de custos e da carga tributária com o fim de benefícios fiscais que vigorava em passado recente e refletidos no primeiro trimestre.

No período de abril a junho, a receita líquida da empresa somou R$ 338,8 milhões, valor 19,9% superior ao obtido no mesmo trimestre do ano passado, de R$ 262,6 milhões.

No primeiro semestre, o avanço na receita foi ainda mais robusto, para R$ 661,6 milhões, em alta de 25% sobre a primeira metade do ano de 2018, quando apurou R$ 529,2 milhões. De acordo com o relatório, o resultado teve impulso com a inclusão da Fremax no faturamento, aquisição consolidada em outubro do ano passado.

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A empresa, no entanto, observa que apesar do desempenho positivo nas receitas, o resultado reflete parte da fragilidade econômica na Argentina, além dos menores volumes de vendas em algumas regiões no exterior, onde a companhia mantém negócios.

Estes efeitos são mais evidentes quando observados os números do desempenho das vendas externas. No primeiro semestre, enquanto a receita doméstica cresceu 38,9%, para R$ 333 milhões, o faturamento no mercado externo em dólar acumulou US$ 85,4 milhões, crescimento de apenas 1,3% sobre o valor apurado há um ano, de US$ 84,3 milhões.

No segundo trimestre o EBITDA alcançou R$ 42 milhões, o representou aumento de 25,8% se comparado ao valor obtido um ano antes, de R$ 33,4 milhões. Já o EBITDA apurado de R$ 71 milhões no primeiro semestre equivale à queda de 37,7% na comparação com os primeiros seis meses do ano passado. O resultado tem influência da aquisição da Jurid, por R$ 52 milhões no início de 2018, o que prejudica a comparação.

Segundo o relatório da Fras-le, o resultado financeiro, que absorveu um efeito positivo da correção sobre os ativos das controladas da Argentina, permitiu um avanço de 63% no lucro líquido do segundo trimestre para R$ 28 milhões.

No acumulado do primeiro semestre, no entanto, o ganho líquido consolidado somou R$ 25,4 milhões, valor 58,8% menor em relação ao apurado no mesmo período do ano passado. De acordo com a empresa, o resultado está contaminado pelo desempenho líquido do primeiro trimestre do ano.

Em nota, Sérgio Carvalho, CEO da Fras-le e COO da Divisão Autopeças das Empresas Randon, diz que o ano de 2019 ainda é de maturação, mas enxerga boas perspectivas no horizonte: “Esperamos que o mercado brasileiro reaja definitivamente em compasso com as reformas encaminhadas pelo governo. Do nosso lado, continuaremos fazendo a lição de casa”.


Foto: Empresas Randon/Divulgação

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