Ex-CEO da Volkswagen é considerado o executivo por trás da transformação da empresa em um conglomerado de marcas
Morreu na noite de domingo, 25 de agosto, aos 82 anos, Ferdinand Piëch, ex-CEO do Grupo Volkswagen, em clínica na Baviera após ter se sentido mal em um restaurante, disse o jornal alemão Bild. A causa da morte ainda não foi revelada e, de acordo com a publicação, representantes da família não quiseram comentar.
Neto de Ferdinand Porsche, Piëch tornou-se CEO da VW em 1993, época na qual a companhia de Wolfsburg se encontrava em dificuldades, atormentada com problemas de qualidade e altos custos. Sob seu comando, a empresa retornou à rentabilidade e se transformou na gigante automotiva de hoje, superando a Toyota.
Como presidente do conselho de supervisão, cargo que assumiu em 2002, Piëch matou sua sede de aquisições, sendo a maior conquista a Porsche, em 2012. Mas também trouxe marcas de luxo como Bentley e Bugatti, além de ter reforçado a estratégia em mercados de carros de produção em escala com a Seat e a Skoda.
Sua saída da VW, em 2015, é recheada de especulações em torno de uma queda de braço com o conselho de supervisão, que desejava prorrogação do contrato do então CEO Martin Winterkorn, movimento do qual Piëch era contra.
Sua renúncia, em abril de 2015, ocorreu pouco antes de estourar o Dieselgate, fraude que até agora custou à companhia € 30 bilhões em multas e ressarcimentos. Na ocasião, Piëch disse ter mencionado possíveis irregularidades antes que as autoridades dos Estados Unidos descobrissem a manipulação de emissões, mas que as advertências não foram atendidas na época. Funcionários da VW envolvidos, no entanto, negaram suas alegações.
Ferdinand Karl Piëch nasceu em 17 de abril de 1937, em Viena. Seu pai, Anton, era advogado e sua mãe, Louise, era filha de Ferdinand Porsche. O terceiro de quatro filhos, Piech teve dois irmãos e uma irmã.
Piëch estudou engenharia no Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em Zurique, de 1952 a 1958. Em 1963 foi trabalhar na Porsche, em Stuttgart. Ingressou na VW em 1972, passou pela Audi, onde foi impulsionou o desenvolvimento do sistema de tração Quattro da empresa.
Foto: Volkswagen/Divulgação
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