Aafirmação veio em forma de convite pelo aplicativo WhatsApp e na viva voz do próprio Sérgio Habib, presidente da JAC Motors: “No próximo 16 de setembro, em São Paulo, a JAC vai começar a reescrever a história da mobilidade urbana no Brasil. Não, não é exagero”.
Habib, também presidente do Grupo SHC, se refere ao lançamento coletivo de cinco veículos totalmente elétricos da marca e que começam a ser importados da China.
“Enquanto algumas marcas possuem um único carro 100% elétrico em seu leque de produtos, vamos lançar cinco modelos ao mesmo tempo, sendo três SUVs, uma picape, a única no mundo, e um caminhão de 6 toneladas”, prosseguiu o executivo no áudio enviado à imprensa nesta quarta-feira (4).
A pré-venda do caminhão iET 120 começou no fim de maio pelo valor sugerido é de R$ 260 mil. Antes dele, a JAC já divulgava em seu site o iEV 40, versão do conhecido e líder de venda da marca T40. Agora a empresa apresentará a picape iEP 330, o hatch urbano iEV20 e o iEV 60, utilitário esportivo médio.
Antes de reescrever a história da mobilidade no Brasil, é certo que essa linha elétrica é movimento corajoso de Habib para tentar virar a página recente da própria marca aqui e marcada pela queda drásticas de suas vendas e encolhimento da rede de concessionárias.
Apesar de tendência mundial, carros elétricos têm vendas absolutamente marginais ainda no Brasil. A ABVE, Associação Brasileira dos Veículos Elétricos, calcula que menos de 700 automóveis elétricos circulem aqui e que a frota de hibrídos gira em torno de 14 mil unidades.
Apresentada de forma avassaladora em 2011 e com seguidas promessas de construir uma fábrica aqui, depois, como outras marcas sem produção local, a JAC acabou perdendo espaço em decorrência das vantagens competitivas concedidas pelo Inovar-Auto às montadoras instaladas no País e também pela valorização do dólar nos últimos anos.
Em 2019, a empresa vendeu somente 3,9 mil veículos no mercado interno, quase a totalidade de utilitários esportivos, segmento ao qual passou a se dedicar depois de ter surgido com sedãs compactos e hatches. O resultado representou ligeiro crescimento de 1,7% sobre as vendas registradas em 2017, mas muito abaixo da evolução média de 27% nos licenciamentos de importados no mesmo período.
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Tudo indica que a previsão de Habib, revelada no início do ano, de que venderá perto de 5 mil veículos em 2019 é de difícil concretização. De janeiro a agosto, a JAC negociou, segundo a Abeifa, exatos 1.330 veículos — a metade do T40, seu modelo de entrada —, 53% a menos do que em igual período do ano passado, enquanto as vendas dos importados recuaram 10,4% e o mercado total avançou perto de 10%.
Apesar de tendência mundial, carros elétricos têm vendas absolutamente marginais ainda no Brasil. A ABVE, Associação Brasileira dos Veículos Elétricos, calcula que menos de 700 automóveis elétricos circulem aqui e que a frota de hibrídos gira em torno de 14 mil unidades.
Foto: Reprodução
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