Desempenho positivo para alguns países, no entanto, não compensa queda de 53,5% nas vendas para a Argentina
As montadoras brasileiras vêm se esforçando em busca de novos mercados externos, mas as vendas em alta para países como Colômbia, México e Chile não compensam a acentuada queda nos negócios com a Argentina ao longo de 2019.
O setor exportou no total 300,8 mil veículos no acumulado de janeiro a agosto, o que representa queda de 37,9% em relação às 484,8 mil unidades embarcadas no mesmo período do ano passado. O principal parceiro comercial continua sendo a Argentina, mas as vendas para o país vizinho despencaram 53,2%, de 344 mil para 161 mil no comparativo do acumulado anual.
O destaque positivo em 2019 é a Colômbia, que ampliou suas compras no Brasil em 138%. Foram embarcados para lá 34,6 mil veículos, ante os 14,5 mil dos primeiros oito meses do ano passado. Com isso, a Colômbia subiu para o terceiro lugar no ranking dos principais parceiros do Brasil nessa área, superando o Chile, para onde foram exportadas 23,8 mil unidades até agosto, 8,5% a menos do que as 26 mil do período janeiro-agosto de 2018.
No caso da Colômbia, acordo bilateral em vigor prevê cota de 50 mil automóveis livre de Imposto de Importação este ano, havendo negociações em andamento para o livre comércio tanto para veículos leves como também os perado.
O México, por sua vez, se mantém em segundo lugar nesse ranking, com a compra de 44,4 mil veículos brasileiros este ano, volume 43,2% superior ao do mesmo período do ano passado (31 mil). Também cresceram as exportações para o Peru, de 10,6 mil para 12,9 mil unidades (mais 21,6%), enquanto o Uruguai reduziu suas compras em 32%, de 17,7 mil para 12 mil veículos.
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Ao divulgar os dados do setor nesta quinta-feira, 5, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, comentou sobre os acordos bilaterais do setor, como os mantidos com a Argentina, Colômbia, México e Chile, e destacou que o governo atual “está caminhando para o livre comércio”, o que considera positivo.
Ressaltou, no entanto, que é preciso acelerar a velocidade da adoção de medidas que reduzam o chamado custo Brasil, como as reformas da previdência e tributária, a eliminação dos entraves nas exportações, redução da burocracia e melhorias na logística e infra-estrutura do País.
Foto: Divulgação/Pixabay
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