A alegria das montadoras e concessionários durou pouco, bem pouco. Depois de uma tímido crescimento em julho, por conta claramente dos bonus temporários oferecidos aos compradores de veículos de produção local, as vendas de automóveis e comerciais leves novos na Argentina voltaram a encolher em agosto.

No atacado, foram negociadas apenas 38 mil unidades, 3,1 % menos do que no mês anterior e 27,2 % abaixo do registrado em agosto de 2018. O acumulado entre janeiro e agosto chegou a 264,3 mil veículos. No mesmo período do ano passado, as montadoras já haviam entregue para suas revendas 520,5 mil unidades. Ou seja, o mercado argentino recuou 49,2%em 2019.

Saíram das linhas de montagem argentinas 30,8 mil veículos em agosto, expressivo crescimento de 42,4 % sobre o resultado de julho. Nada, porém, que anime os fabricantes, que amargam recuo acima de 35% no ano, com apenas 216,3 mil automóveis e comerciais leves fabricados em oito meses.

“A produção melhorou porque as montadoras retomaram suas atividades normais em agosto, depois da parada de julho para as férias de inverno e adequações nas linhas”, esclarece Luis Fernando Peláez Gamboa, presidente da Adefa, a Associação de Fábricas de Automores.

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A exemplo do mercado e da produção, as exportações seguem em forte baixa em 2019. Os embarques dos oito primeiros meses acumularam 146,5 mil veículos, queda de 16%. Em agosto, passaram pelos portos da Argentina ruma a outros países 18,8 mil veículos, 32,8% menos do que no mesmo mês de 2018.

O Brasil, ainda que com seu mercado em expansão, comprou menos: recebeu 96,2 mil unidades, 28,7 mil a menos na comparação anual. Mesmo assim, o País segue como o maior mercado das montadoras argentinas no exterior, respondendo por 65,7% do total negociado.

A distância para o segundo colocado é enorme. O Chile, segundo maior mercado, comprou 8,3 mil unidades, equivalentes a 5,7%, pouca coisa mais que Peru (8 mil) e Colômbia, respectivamente terceiro e quarto maiores  compradores da produção argentina.


Foto: Pixabay

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