Parceiras com a fabricante começam a desbravar o caminho para tornar viável o uso do combustível alternativo no transporte de carga
Em prévia das novidades que mostrará na Fenatran 2019, em outubro, a Scania anuncia que começará a aceitar pedidos de compras de caminhões a gás. A partir das encomendas, os veículos entram na programação da fábrica de companhia em São Bernardo do Campo (SP), com estimativas das primeiras entregas em abril.
A Scania passará a ser a primeira fabricante a ter produção regular de caminhões movidos a GNV, gás liquefeito ou biometano no Brasil. Para dar esse passo, a empresa investiu R$ 21 milhões na fábrica do ABC Paulista.
LEIA MAIS
→Scania investirá R$ 1,4 bilhão de 2021 a 2024
Para acelerar tornar o negócio viável ao transportador e acelerar o processo, a companhia não está nessa caminhada sozinha. A Morada do Sol, embarcadora da Citrosuco, depois de um ano de uso com um R410 a gás na rota de Matão (SP) ao Porto de Santos, já colhe economia de 12% a 15% no custo do quilômetro rodado em relação a um caminhão convencional a diesel.
Depois, mais uma iniciativa desenha um projeto no qual busca evoluir na infraestrutura de abastecimento para biometano. Em parceria com a ZEG, empresa dedicada à geração de energia renovável, a Scania colocará em operação modelo G 410 XT 6×4 movido com o combustível alternativo na Usina São Martinho.
“O caminhão a gás chega a ser 30% mais caro, mas proporciona até 15% de redução no custo por quilômetro e se paga em dois ou três anos. Como o veículo costuma ficar de seis a sete anos na frota, significa lucro adicional em torno de três anos e meio”, faz conta Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania. “Ou seja, uso de caminhão a gás reduz a contaminação local, no caso de biometano em até 90% a emissão de CO2, e gera caixa para o negócio.”
O projeto na São Martinho colocará o primeiro modelo movido a biometano em uma operação off-road no País. A ZEG será responsável pelo abastecimento de seu combustível, o GasBio, produzido atualmente a partir do biogás do Centro de Tratamento de Resíduos Leste, no bairro de São Mateus, em São Paulo.
“Nossa proposta é pela descentralização, em projetos de menor escala para ser possível construir uma rede abastecimento e começar a criar possibilidade de substituição de frotas”, defende Daniel Rossi, CEO e fundador da ZEG.
Foto: Scania/Divulgação
Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…
Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa
É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…
Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km
Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027