A segunda geração do Renault Captur foi apresentada por Thierry Bolloré, CEO do GrupoRenault, nesta terça-feira (10), no Salão de Frankfurt, Alemanha. O SUV é essencial na estatégia comercial da montadora e, por isso, sua renovação mereceu a presença de seu principal executivo e apresentação em Frankfurt, a maior mostra automotiva do mundo.
Desde que foi lançado, em 2013, o Captur já soma perto de 1,5 milhão de unidades negociadas em cerca de 90 países e é líder do segmento na França e na Europa. A nova geração, que adota a plataforma global CMF-B, a mesma do Clio europeu — no Brasil o SUV é fabricado sobre a base do veterano Duster —, será produzida também na China pela joint venture Dongfeng Renault.
Com relação à primeira geração, o modelo é 11 cm mais comprido, 1,9 cm mais largo e tem 2 cm a mais de entre eixos. A carroceria ganhou vários traços já exibidos no novo Clio, assim como o interior, que agora dispõe de multimídia com tela vertical. Mas, mesmo com essas significativas alterações estéticas, o modelo guarda muito de seu primeiro desenho.
O SUV evoluiu, especialmente, em tecnologia, sofisticação e conforto. Segundo a Renault, atenderá a requisitos que serão os três pilares da mobilidade do futuro: propulsão eletrificada, conectividade e condução autônoma.
“A partir de 2020, o New Captur será o primeiro carro de sua categoria disponível como híbrido plug-in. Desenvolvemos um sistema de transmissão exclusivo adaptado às solicitações híbridas, juntamente com a tecnologia de gerenciamento de energia derivada diretamente da Fórmula 1”, enfatizou Bolloré, durante encontro com a imprensa.
Eletrificação, de fato, é tecnologia que vem sendo trabalhada perenemente pela montadora na última década, muito mais do que diversas empresas concorrentes. O elétrico Zoe é a melhor prova. Lançado em 2012 e já presente em diversos mercados, é o segundo elétrico mais vendido da Europa.
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O compacto tem preços a partir de € 24 mil na França, mas em Frankfurt informações dão conta de que a Renault já trabalha com afinco sobre um outro elétrico bem mais barato para a Europa, algo da ordem de € 10 mil euros, e que deve chegar às lojas no máximo em cinco anos, ou até em três anos, junto com uma leva de outros veículos da marca eletrificados.
Uma possibildade é o K-ZE, que será lançado na China no ano que vem e se trata, na verdade, de versão elétrica do nosso conhecido Kwid.
“Já estamos ganhando dinheiro com nossos carros elétricos hoje, mesmo com volumes bastante modestos em termos absolutos”, ressaltou o CEO da Renault, destacando a importância dos serviços de compartilhamento, no qual a empresa tem investido, para a escala e consequente barateamento dos elétricos.
Foto: Divulgação/Renault