A indústria de autopeças acumula este ano, até agosto, déficit comercial de US$ 2,84 bilhões, valor 36,7% inferior ao registrado no mesmo período de 2018, que foi de US$ 4,48 bilhões. O resultado da balança comercial do setor, segundo o Sindipeças, reflete o forte recuo das compras no exterior ao longo de 2019. As vendas para fora também estão em queda, mas em índice menor.
As exportações nos primeiros oito meses do ano recuaram 6,6%, baixando de quase US$ 5,2 bilhões no mesmo período de 2018 para US$ 4,9 bilhões este ano. “A piora no desempenho das vendas externas, que no acumulado até julho indicava queda de 2,3%, pode ser um sinal de que a desaceleração da economia mundial já vem afetando nossas exportações”, avalia o Sindipeças em seu relatório sobre os negócios externos do setor.
Já as importações sofreram retração de 20% no acumulado até agosto em confronto com igual período do ano anterior. As importações atingiram US$ 7,74 bilhões, ante os US$ 9,67 bilhões dos primeiros oito meses do ano passado.
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No caso das exportações, o Sindipeças destaca a Argentina, que em agosto voltou a principal posição no ranking dos países que mais compram do Brasil. Foram exportados para o país vizinho total de US$133,3 bilhões, valor 28,8% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Os Estados Unidos comprar US$ 131,9 bilhões em autopeças brasileiras, recuo de 22,6% no mesmo comparativo.
No acumulado do ano, no entanto, os Estados Unidos continuam liderando esse ranking, com compras da ordem de US$ 1,06 bilhão – crescimento de 13,9% em relação aos primeiro oito meses de 2018. Já a Argentina reduziu suas compras em 32,8%, comprando US$ 1 bilhão de janeiro a agosto deste ano.
Com participação de 14,8%, a China se mantém em primeiro lugar no ranking de origem das importações de autopeças para o Brasil. O pais asiático mandou para cá US$ 1,14 bilhão no acumulado até agosto, uma queda de 8% em relação ao valor do mesmo período do ano passado, que foi de U$ 1,24 bilhão.
Também caíram as importações provenientes da Alemanha e Estados Unidos no período janeiro-agosto. No primeiro caso o recuo no acumulado do ano foi de 11,6%, de US$ 1,15 bilhão para US$ 1,02 bilhão. Já as compras feitas nos Estados Unidos caíram 29,4 no mesmo comparativo, de US$ 1,09 bilhão para US$ 770,3 milhões.
Foto: Automec 2019
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