Mercado

Abeifa revisa para baixo volume de importações para este ano

Ante projeção inicial de crescimento de 33%, expectativa agora é de queda sobre 2018

Ante meta divulgada no início do ano de crescimento de 33% nas vendas de veículos importados de seus associados, a Abeifa projeta agora que o mercado encerrará o ano em queda com relação ao ano passado, quando o segmento emplacou 37,5 mil unidades. “Deveremos atingir entre 30 mil a no máximo 35 mil unidades”, prevê o presidente da entidade, José Luiz Gandini.

A estimativa anunciada em janeiro era a de atingir 50 mil emplacamentos este ano. Mas diante do comportamento das vendas ao longo do primeiro semestre, a Abeifa já havia revisado a projeção para algo em torno de 40 mil licenciamentos, o que ainda representaria desempenho positivo, com alta na faixa de 6%.

Mas agora, com quase nove meses já fechados, Gandini não vê nenhuma chance de as afiliadas da Abeifa chegarem aos números de 2018. Mais do que isso, não acredita em crescimento para o próximo ano, estimando apenas a repetição dos números de 2019.

Dentre as dificuldades enfrentadas pelo setor, o empresários destaca a desvalorização do real. “O dólar começou esta semana na faixa de R$ 4,18. Estamos trabalhando sem margem, tanto os importadores como as concessionárias”.

Gandini também disse ser muito difícil concorrer com os veículos brasileiros, principalmente aqueles produzidos em regiões que dão incentivos às montadoras. “No Nordeste, por exemplo, tem redução de 32% no IPI e de 98% no ICMS que é de 12%, ou seja, o imposto estadual é praticamente zero. Nós, os importadores, chegamos a pagar 14% de ICMS por conta da fórmula de cálculo desse imposto para os importados”.

O segmento de veículos importados começou o ano com algum otimismo em função do término do programa Inovar-Auto, que estabeleceu 30 pontos adicionais de IPI sobre esses produtos. Em janeiro, o presidente da Abeifa acredita ser possível crescer 33% este ano, acima dos 11% projetados pela Fenabrave e Anfavea para o mercado como um todo, porque a base no caso dos importados era muito baixa.

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Até agosto, as afiliadas da Abeifa venderam 22,2 mil veículos importados, queda de 10,7% sobre o mesmo período do ano passado. Havia uma expectativa de dias melhores neste segundo semestre, mas até agora não houve a reação esperada.

O presidente da Abeifa, que também preside o Grupo Kia, participou na segunda-feira, 23, e terça-feira, 24, do lançamento do novo Cerato 2.0, que concorre com modelos como o Toyota Corolla e Honda Civic no segmento de sedãs médios.


Foto: Divulgação/Abeifa

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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