Justiça do país acusa montadora de ter vendido 684 mil veículos a diesel que não cumpriam nível de emissões
A justiça alemã não tem dado trégua aos fabricantes de veículos envolvidos na fraude dos níveis de emissão dos carros com motores a diesel.
Esta semana, depois de acusar e indiciar o CEO da Volkswagen, Herbert Diess, o ex-CEO Martin Winterkorn e o presidente do conselho da empresa Hans Dieter Poetsch, por não informarem os investidores a tempo sobre o impacto financeiro do escândalo, foi a vez da Daimler receber uma má notícia.
A empresa, dona da Mercedes-Benz, foi multada em nada menos do que € 870 milhões — perto de US$ 960 milhões — por ter, segundo as autoridades de Stuttgart, onde está a sede da montadora, vendido 684 mil veículos que não cumpriam integralmente as normas de emissões de óxido de nitrogênio.
A milhonária multa, suficiente para a construção de uma fábrica de ponta em qualquer mercado mundial, dá sequência a uma séria depenalidades designadas nos últimos anos para empresas do setor automotivo alemão.
No ano passado, a Volkswagen teve de pagar € 1 bilhão e a Audi, € 800 milhões. A Porsche, outra marca do Grupo Volkswagen, foi punida em € 535 milhões em março último.
Dois meses depois, o Ministério Público de Stuttgart autuou a asistemista Bosch em € 90 milhões por ter fornecido, a partir de 2008, perto de 17 milhões de dispositivos que permitiram a fraude nos testes de emissões dos motores a diesel em diversos mercados.
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Foto: Divugação/Daimler
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