Nova estimativa da Anfavea considerou o período de interrupção do Plano Safra
A Anfavea aumentou a queda no mercado de máquinas agrícolas e de construção para 2019. Se em janeiro a estimativa apontava um recuo de 1,7%, agora, as entregas deverão ser 3,6% inferiores em relação às 47,7 mil unidades negociadas no ano passado. Caso a projeção se consolide, as vendas internas chegarão em torno de 46 mil unidades.
A revisão da projeção foi apresentada pela Anfavea na segunda-feira, 7 de outubro, junto ao balanço de desempenho do setor automotivo até setembro. Segundo Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da associação para o segmento de máquinas, a principal razão para uma estimativa de mercado ainda menor se deve a hiato de três meses no Plano Safra.
“A expectativa em torno da continuidade ou não da linha de financiamento trouxe retração nos investimentos, impacto que agora se reflete no fim do ano, apesar de um horizonte que estima mais uma safra recorde.”
No mês passado, o mercado de máquinas absorveu 4,6 mil unidades, em queda de 5,2% na comparação com o volume registrado em setembro do ano passado, de 4,9 mil unidades. Contra agosto, porém, o resultado aponta crescimento de 11,4%.
No acumulado de janeiro a setembro, as 32,5 mil máquinas negociados representou retrações de 5,7% em relação ao volume de um ano atrás, quando as vendas somaram 34,5 mil unidades.
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Devido às dificuldades econômicas pelas quais a Argentina atravessa também nas exportações o cenário é de declínio. Em setembro os embarques somaram apenas 965 unidades, volume 11,6% menor em relação ao mesmo mês de 2018, de quase 1,1 mil equipamentos. No acumulado dos nove primeiros meses, as remessas alcançaram 9,6 mil unidades, ligeira queda de 0,4% ante as 9,7 mil unidades exportadas há um ano.
Com quedas no mercado interno e nas exportações, o impacto negativo se reflete no chão das fábricas. A produção de máquinas em setembro recuou 16,6% com 4,8 mil unidades montadas contra 5,7 mi anotadas no mesmo mês do ano passado. No acumulado até setembro, as 41,2 mil unidades produzidas presentaram retração de 10,6% em relação às 46,1 mil máquinas construídas há um ano.
Foto: CNH Industrial/Divulgação
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