A oferta de carros elétricos no Brasil, por enquanto, é pequena. Quantos deles foram negociados em 2019 é uma informação ainda mais restrita. Relatório oficial da Anfavea não faz distinção entre carros integralmente elétricos e os híbridos, muito mais numerosos. Mas sabidamente os negócios têm ritmo para lá de lento.

A Renault afirma que já vendeu 100 elétricos este ano, cerca de 60 unidades do hatch Zoe e o restante do pequenino Twizy, de apenas dois lugares. A montadora, em um primeiro momento, claramente optou por trabalhar muito mais as vendas para frotas de empresas ou serviços de compartilhamento, ainda que tenha lançado o Zoe para consumidores comuns há quase um ano.

Quase certo, portanto, que esses números garantam à marca a liderança em vendas diretas. Já no varejo, o potencial candidato a líder é o Nissan Leaf, cuja pré-venda começou também no fim do ano passado, após sua apresentação no Salão do Automóvel de São Paulo.

De lá para cá, assegura a Nissan, foram vendidas 25 unidades. A maioria, 20 carros, foi adquirida antes de julho, quando o Leaf foi lançado oficialmente por R$ 195 mil, contra R$ 178,4 mil cobrados no período de pré-venda.

A diferença para cima no valor a ser desembolsado foi atribuída à variação cambial e à inclusão do kit de recarga, que inclui carregador de parede caseiro — com serviço de instalação já incluído, cabo de recarga de emergência e adaptador para plugs.

A Nissan conseguiu programar a produção de um primeiro lote de 200 unidades para o Brasil. A empresa, porém, não revela qual sua expectativa de vendas  para o elétrico.

Afirma que, num primeiro momento, vai analisar o potencial do mercado brasileiro e a aceitação do veículo que já ultrapassou 430 mil unidades vendidas em todo o mundo desde 2010, quando foi lançada a primeira geração.

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A princípio, o Leaf está sendo vendido apenas em cinco capitais do Sul e Sudeste — Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) — além de Brasília (DF), centros urbanos com tráfego intenso e nos quais os elétricos levam enorme vantagem sobre os veículos a combustão no que diz respeito à economia.

A segunda geração do Leaf vendida aqui é fabricada na Inglaterra e pode rodar, em média, 240 km com uma única carga em seu conjunto de baterias de 40 kWh. Elas movimentam o motor elétrico de 149 cv e 32,6 kgfm, que leva o hatch de zero a 100 km/h em 7,9 segundos.


Foto: Divulgação/Nissan

George Guimarães
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