Mostra japonesa pretende ser parque temático da mobilidade do futuro
O futuro próximo da indústria automobílistica japonesa começa a ser relevado daqui uma semana, quando serão abertas as portas do Tóquio Motor Show 2019. Já é possível, porém.assegurar que a disposição dos principais expositores é, além de naturalmente exibir seus veículos, mostrar que caminham a passos largos para se tornarem provedores de mobilidade em sentido mais amplo.
Não por outro motivo, a edição deste ano tem como tema a expressão “Open Future”. O conceito reflete “as possibilidades que a mobilidade do futuro incorporará, além do prazer básico que os veículos a motor e motocicletas proporcionam aos seus usuários”, justificam os organizadores, dentre eles a JAMA, a Associação de Fabricantes de Automóveis do Japão.
Além da área original no Tokyo Big Sight, onde o Salão Automóvel de Tóquio até agora foi realizado, este ano o evento agregará outros espaços no entorno para, segundo a definição dos organizadores, se tornar um “parque temático de mobilidade”.
A própria JAMA, junto com o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão e a Organização de Desenvolvimento de Novas Energias e Tecnologias Industriais (NEDO), promoverá evento paralelo batizado de Future Expo, que abordará não só o automóvel mas todas as possibilidades de deslocamentos e as tecnologias aplicadas nesse novo cenário, desenvolvidas por dezenas de empresas como Panasonic, NEC, Fujitsu.
Os automóveis serão, na verdade, apenas um dos atrativos, mesmo que ainda o mais importante e provavelmente motivador das maiores atenções. A nova geração do Honda Jazz, aqui conhecido como Fit, é esperada com ansiedade por muitos consumidores locais.
Só que o melhor exemplo do que pode significar essa nova proposta da exposição estará no espaço da concorrente Toyota. A montadora, patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio e que fornecerá uma frota eletrificada para o evento, destacará uma linha inteira de runabouts, pequenos veículos destinados a pequenos trajetos urbanos.
Elétricos, eles variam de tamanho, mas são sempre carrinhos ultracompactos, podem ser até individuais ou variações de scooters e patinetes, com duas, três ou quatro rodas.
O minicarro BEV, por exemplo, deve chegar ao mercado em mais dois anos. Segundo a Toyota, foi desenvolvido para “viagens diárias curtas de motoristas idosos, recém-licenciados ou vendedores que circulam pela cidade”. Sua autonomia é de apenas 100 quilômetros e a velocidade máxima, de 60 km/h .
Já o modelo EV de dois lugares tem versão mais ampla e quadrada para uso comercial. A idéia é um minicarro que possa servir também como um escritório rotativo — um local para trabalhar, comer, dormir — e, claro, além de levar o usuário para qualquer destino próximo e até faça curtas viagens .
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“Queremos criar uma solução de mobilidade que dê liberdade de movimento às pessoas em todas as fases da vida”, afirma Akihiro Yanaka , chefe de desenvolvimento da Toyota. “Estamos orgulhosos de oferecer aos clientes um veículo que não apenas permite maior autonomia, mas também requer menos espaço, cria menos ruído e limita o impacto ambiental”, disse, referindo-se ao BEV.
Foto: Divulgação
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