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Importado, Jimny Sierra é até 40% mais caro do que a geração nacional

Novo Suzuki prima pela robustez, mas com muito mais estilo e algum conforto

Um ano depois de ser apresentada ao consumidor brasileiro no Salão do Automóvel de São Paulo, a quarta geração do Jimny chega à rede de concessionárias Suzuki de todo o País. O modelo 4×4, lançado originalmente em 1970, é o menor utilitário esportivo da marca e sempre teve seu ponto alto na disposição para enfrentar percursos off road.

Ao contrário da geração anterior, o novo Jimny, agora carregando também o sobrenome Sierra, é importado. Ainda assim, a HPE, que produz os Suzuki aqui, assegura que seguirá fabricando a atual versão em Catalão (GO).

Faz sentido. Afinal, a diferença entre eles está na forma, conteúdo e, de maneira destacada também, nos preços. O Sierra é oferecido em três versões: 4You manual, por R$ 103.990,00, 4You automático, por R$ 111.990,00, e 4Style, que custa a partir de R$ 122.990,00.

Já as quatro versões do Jimny brasileiro saem por valores que variam de R$ 75 mil a R$ 93 mil. Ou seja: o Sierra de entrada custa quase 40% a mais do que a versão equivalente do SUV nacional.

Isso porque a Suzuki entende que o novo modelo apresenta estilo e evoluções técnicas e tecnológicas de sobra para motivar esse desembolso significativamente maior por parte do consumido brasileiro.

Entre outras premiações, o Jimny Sierra conquistou a categoria mundial de carros urbanos no World Car Awards de 2019, ficou entre os três melhores no World Car Design of the Year e levou ainda a edição deste ano do Car of The Year Awards na Inglaterra entre os 4×4.

O desenho da carroceria, com linhas retas e em cores vibrantes, não guarda qualquer semelhança com a terceira geração e sugere muito mais robustez. Para-brisa e  coluna A agora são mais verticais, assim como os vidros laterais. O capô ficou plano, solucação que se nota também no teto.

Sob o capô, o Sierra abriga um novo motor  1.5 que desenvolve 108 cv de potência e torque 14,1 kgfm, acoplado a uma também nova transmissão automática de apenas quatro velocidades. Um notável pênalti e difícil de engolir nesta faixa de mercado, pródiga em produtos nacionais e importados bicombustíveis: a gasolina segue como a única opção para abastecimento.

A tração é a AllGrip Pro com reduzida e função inteligente LSD, que permite superar obstáculos mesmo com duas rodas na diagonal sem tração. Há ainda os obrigatórios dois air bags, além de controle de estabilidade e assistentes de partida em rampas e de descida.

O Sierra tem faróis redondos em LED e regulados automaticamente, sistema multimídia com tela touch screen de 7” e interface com Apple CarPlay e Android Auto. No interior, fazendo jus à proposta off road, prevalecem materiais de acabamento mais resistentes e linhas menos rebuscadas do que nos SUVs urbanos.

O console, assim como o quadro de instrumentos, não tem nenhuma grande sofisticação a não ser o com ar-condicionado digital automático. Já o volante em couro incorpora piloto automático e controles de áudio.

Por conta da diferença de preços entre eles, a expectativa da marca é de que Sierra e Jimny nacional não disputem necessariamente a mesma clientela e que o novo carro represente vendas algumas boas vendas adicionais.

A Suzuki vendeu no mercado interno 2.718 veículos de janeiro a setembro, sendo 1.450 unidades do Jimny, o carro  mais vendido de  um restrito portfólio que também conta somente com o SUV maior Vitara e o crossover S-Cross, ambos importados.

Em 2018, foram negociadas 4.656 unidades, 0,2 % do mercado brasileiro. Mais uma vez, com a liderança do Jimny (2,2 mil unidades), seguido bem de perto pelo Vitara (1,8 mil). Somados, os dois  modelos representaram 0,8% do segmento de utilitários esportivos, que superou 512 mil veículos.

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Foto: Divulgação/ Suzuki

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George Guimarães

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