A Volkswagen planeja lançar seis veículos híbridos e elétricos na América Latina nos próximos quatro anos. O primeiro foi apresentado nesta segunda-feira (4). O Golf GTE, que, na prática, substituirá a versão esportiva GTI, que deixou de ser fabricada no Brasil, estará disponível a partir do dia 11.
O GTE é um híbrido plug-in, ou seja, o motor elétrico de 75 kW (102 cv) pode ser recarregado até em uma tomada caseira 220 v. Produzido em Wolfsburg, Alemanha, tem ainda motor a combustão 1.4 TSI gasolina de 150 cv, o mesmo presente no Jetta ou Tiguan.
Combinados, os dois motores desenvolvem o equivalente a 204 cv e levam o hatch da imobilidade aos 100 km/h em 7,6 segundos e à velocidade máxima de 222 km/h.
A Volkswagen importou um lote inicial de 100 unidades que serão vendidas em somente três concessionárias de São Paulo (Caraigá), Curitiba (Servopa) e Brasília (Brasal). Em versão única, sem qualquer opcional e apenas na cor azul por R$ 200 mil.
Gustavo Schmidt, vice-presidente de Vendas e Marketing da Volkswagen, afirma que um segundo lote será definido apenas a partir do desempenho de vendas do GTE. Até mesmo a ampliação da rede de concessionárias que venderão e darão manutenção aos produtos eletrificados dependerá desse projeto-piloto, como o executivo prefere chamar o início de vendas do GTE no Brasil em tão poucos pontos.
A Volkswagen calcula que o Golf híbrido pode rodar mais de 900 quilômetros. No modo totalmente elétrico, a autonomia é de cerca de 50 km, o que, afirma a montadora, atende as necessidades diárias de deslocamento de sete em cada 10 pessoas que residem em grandes cidades. Além de não poluir, rodar apenas com o motor elétrico custará algo como R$ 5 por dia, considerados valores médios na Região Sudeste.
São vários modos de funcionamento:
Elétrico: Basta acionar um botão ao lado do câmbio para entrar no “e-mode”. Nessa condição, apenas o motor elétrico de 75 kW (102 cv) e 330 Nm (33,6 kgfm) é utilizado. Neste caso, a velocidade máxima é de 130 km/h.
Híbrido: O sistema escolhe qual é o modo mais eficiente para cada situação de uso. Se o carro estiver em uma condição em que o motor elétrico for mais eficiente, apenas esse sistema será utilizado. Se há necessidade de mais potência, o motor 1.4 TSI será acionado automaticamente. O modo híbrido possui ainda função de utilizar a carga da bateria ou mantê-la.
Recarga: Apenas o motor 1.4 TSI de 110 kW (150 cv) e 250 Nm (25,5 kgfm) movimentará o veículo. Simultaneamente, o propulsor fornecerá carga para a bateria.
GTE: Nesse modo, os motores a combustão e elétrico trabalham juntos e oferecem 204 cv e 35,7 kgfm de torque, o que garante desempenho mais esportivo.
O GTE é completo. Tem itens como controle adaptativo de cruzeiro, painel de instrumentos digital configurável e sistema de infotainment com tela de 9,2 polegadas e controle por toque ou gestos, dentre outros recursos como frenagem automática ou sistema inteligente de faro alto.
O consumidor, entretanto, deve lembrar que a versão que começa a ser vendida no Brasil é ainda da sétima geração do hatch. A oitava geração acaba de ser apresentada na Europa e estará nas ruas já no ano que vem. Ou seja: muito provalvemente, se não o segundo, o terceiro lote do Golf GTE já deve ter nova carroceria.
Bicicleta e patinete – Além do GTE, a Volkswagen resolveu apostar em bicicletas e patinetes elétricos com a sua marca e iniciar no Brasil uma tendência que já se nota na Europa: montadoras cuidando também dos últimos metros dos deslocamentos. O carro responde pelas longas distâncias e a viagem é completada sobre um veículo menor e mais ágil.
Com desenho que lembra uma mountain bike, a bicicleta VW tem motor elétrico de 350W e atinge velocidade máxima de 25 km/h no modo elétrico, com autonomia de 30 km. Já o patinete, também com motor de 350W, pode rodar 20 km e alcançar 25 km/h.
Os preços, assim como o do príprio Golf GTE, ainda são salgados: respectivamente, R$ 11,5 mil e R$ 3,5 mil.
Foto:Divulgação
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