As instituições financeiras liberaram R$ 115,7 bilhões em setembro para a compra parcelada de veículos, valor 28,5% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, que foi de R$ 90 bilhões, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira, 7, pela Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras.
“Os números elativos ao terceiro trimestre reafirmam uma recuperação importante no setor automotivo, principalmente nas vendas financiadas”, avalia Paulo Noman, presidente da Anef. “Fatores macroeconômicos, como a queda da taxa básica de juros, têm gerado mais previsibilidade ao mercado, o que favorece a decisão do tomador de crédito”.
O saldo total da carteira de veículos atingiu R$ 238,9 bilhões em setembro, alta de 25,3% frente aos R$ 190,6 bilhões registrados em idêntico mês de 2018. Seguindo a tendência dos últimos meses, o saldo da modalidade CDC teve expansão maior, de 25,7%, subindo de R$ 187,1 bilhões para R$ 235,2 bilhões no mesmo comparativo.
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Na categoria de automóveis e comerciais leves, o CDC continua dominado. Sua participação nas compras totais desse segmento chegou a 53% no terceiro trimestre, enquanto o consórcio respondeu por 4%, o leaging por apenas 1% e as compras a vista ficaram em 42%.
No caso dos veículos pesados, o CDC ganha espaço a cada mês. Chegou a uma fatia 44% de todas as vendas em setembro, ante os 27% do mesmo mês do ano passado. Como resultado dessa mudança, o Finame registrou uma queda de 19 pontos porcentuais no período, com sua participação caindo de 55% para 36% no mesmo comparativo.
Comparadas às taxas de juros do mercado, as praticadas pelos bancos ligados às montadoras continuam mais vantajosas, de acordo com os dados da Anef. Em setembro, as entidades associadas à entidade aplicaram juros de 1,21% ao mês, contra índice de 1,52 da médias das demais instituições financeiras.