A Audi encerrou os dez primeiros meses de 2019 com exatos 7.051 veículos emplacados no Brasil, queda de 1% sobre igual período do ano passado. O resultado passa longe de satisfatório, afinal o mercado interno de automóveis cresceu, em média, 7,5% na mesma comparação e duas das marcas concorrentes diretas, BMW e Volvo, viram suas vendas avançarem cerca de 10%.
Esse quadro, entretanto, a montadora espera que seja apenas uma fotografia de 2019 e que será bem diferente, e melhor, em 2020. Isso porque a marca contará em sua rede de 47 concessionárias, já a partir de fevereiro, com a nova geração do Q3, modelo que acumulou 25 mil unidades vendidas no Brasil desde 2013 e um dos maiores sucessos da empresa em seus recém-comemorados 25 anos aqui.
O Q3 foi fabricado no Paraná entre 2016 e 2018. A nova geração, porém, será importada da Europa, onde foi apresentada no ano passado, fabricada sobre a plataforma MQB, a mesma do Volkswagen Tiguan.
Sua nacionalização está em estudo, segundo Johannes Roscheck, presidente e CEO da Audi do Brasil. “[A decisão de produzir aqui] depende de muitos fatores ainda”, disse o executivo, lembrando, por exemplo, os desafios impostos aos custos pelo conjunto de diretrizes dos Rota 2030.
Roscheck não arrisca nem mesmo uma projeção para as vendas do novo SUV para o ano que vem. Ele diz preferir esperar a resposta dos próprios consumidores, que desde esta segunda-feira, 18, podem encomendar o SUV por meio do site da marca por valores que partem de R$ 180 mil.
O Q3 é oferecido em três versões de acabamento, todas com motor 1.4 turbo a gasolina de quatro cilindros, injeção direta, que desenvolve 150 cv e 250 Nm de torque, e transmissão automática de seis velocidades. Para encorajar e atrair os clientes, a empresa promete algumas vatagens para o período de pré-venda, como bônus de até R$ 10 mil no veículo usado e quatro anos de garantia total.
A Audi também aposta no novo desenho da carroceria, que adota a mesma linguagem estilística inaugurada com o recém-lançado Q8 , e no fato de o modelo ter medidas superiores às da geração anterior. O comprimento é de 4.484 milímetros e a largura de 1.849 milímetros, respectivamente 97 milímetros e 25 milímetros a mais. A distância entre-eixos passou a 2.680 milímetros, 77 milímetros maior.
Com essas proporções, a nova geração, diz a montadora, eliminará um defeito apontado pelos consumidores brasileiros no Q3 anterior: o porta-malas diminuto. Agora estão disponíveis 530 litros, na configuração normal, e até 1.525 litros com os encostos do banco traseiro rebaixados. “É o maior porta-malas da categoria”, enfatiza Marcos Quaresma, gerente de marketing de produto.
O Q3 mudou também — e muito — por dentro. A exemplo da carroceria, o interior segue as linhas dos modelos topo da marca, com painel octogonal e console central com display de 8,8” sensível ao toque. O quadro de instrumentos pode ser digital com tela de 10,2 polegadas.
Opcionalmente, o utilitário esportivo dispõe de sistemas como controle de cruzeiro que incorpora as funções adaptativa de velocidade e assistência em congestionamento, park assist, que esterça automaticamente o SUV para entrar e sair de vagas de estacionamento, e o Audi Pre Sense dianteiro, que detecta situações críticas de colisão e alerta o motorista por meio de sinais visuais, sonoros e, se necessário, inicia frenagem de emergência.
Elétrico – Também nesta segunda-feira, a Audi começou a fazer a pré-venda do e-tron, primeiro veículo totalmente elétrico da marca. O carro, com dois motores elétricos que desenvolvem 408 cavalos, chegará ao Brasil em duas versões de R$ 460 mil e R$ 500 mil.
A mais cara, batizada de Performance Black, se diferencia apenas por detalhes externos, acabamento interno e pelo sofisticado sistema de som Bang & Olufsen. Opcionalmente, pode ser equipada com câmeras no lugar dos espelhos retrovisores externos. O preço aqui dessa tecnologia, que projeta as imagens em telas nas portas, não foi divulgado ainda. Mas na Europa não sai por menos de € 2,2 mil.
Fotos: Divulgação/Audi
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