Resultado do recuo das importações ao longo de 2019 e também do moderado ritmo de crescimento da produção interna de veículos, de apenas 3,6% no acumulado até outubro, a indústria de autopeças segue com déficit comercial em queda este ano.

De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 25, pelo Sindipeças, no acumulado até outubro houve recuo de 27,2%, com o saldo negativo da balança comercial do setor ficando em US$ 3,8 bilhões, ante os US$ 5,2 bilhões do mesmo período do ano passado.

As exportações de autopeças tiveram retração de 10% no período, somando US$ 6 bilhões nos dez primeiros meses deste ano, ante os US$ 6,65 bilhões de janeiro a outubro de 2018, conforme informações do Ministério da Economia consolidadas pelo Sindipeças.

Já as importações, de 173 diferentes origens, tiveram recuo ainda maior no acumulado do ano, de 17,6%, baixando de US$ 11,86 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de 2018 para US$ 9,78 bilhões em idêntico período deste ano. A China, com US$ 1,45 bilhão até outubro, se mantém em primeiro lugar no ranking dos países que mais vendem autopeças para o Brasil, seguida por Alemanha (US$ 1,27 bilhão) e Estados Unidos (US$ 974,7 milhões).

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Com relação às exportações, o Sindipeças informa que foi o terceiro mês consecutivo de redução no valor das vendas de autopeças brasileiras para o exterior, o que tem acelerado o índice de variação negativa no acumulado do ano – até setembro a queda era de 6,9%. “O fraco desempenho está associado à progressão da crise na Argentina e ao menor ritmo do comércio internacional”, esclarece a entidade.

Os Estados Unidos lideram este ano o ranking dos principais mercados externos das autopeças brasileiras, com total de US$ 1,26 bilhão em compras até outubro. A Argentina ocupa agora a segunda colocação nesse ranking, com US$ 1,25 bilhão, e o México a terceira, com US$ 766,8 milhões no acumulado dos primeiros dez meses.


Foto: Divulgação/Automec 2019

Alzira Rodrigues
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