Com as vendas no mercado de importados em queda por causa do câmbio, a Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, está negociando junto ao governo uma redução do Imposto de Importação, atualmente na casa dos 35%.

“A permanência do dólar acima de R$ 4 tem agitado o mercado interno, mas o impacto mais devastador tem sido para o setor de importação, pois além do dólar na faixa atual, ainda pagamos os 35% do Imposto de Importação, maior porcentual permitido pela OMC, Organização Mundial do Comércio”, comenta o presidente da entidade, José Luiz Gandini. “Sem contar que concorremos com empresas aqui instaladas que recebem grandes subsídios federais e estaduais”.

Em função desse quadro e diante dos números de novembro, a Abeifa tem conversado com setores do governo federal “no sentido de viabilizar a tão esperada redução do Imposto de Importação, já que o câmbio, por si só, é um fator de limitação de volumes”. O setor, segundo Gandini, vive um momento dramático, de inviabilidade do negócio de importação.

“Precisamos desse equilíbrio (uma alíquota menor) para que os carros importados possam ser competitivos em preços finais ao consumidor. Os importadores precisam viabilizar seu negócio até mesmo para manter o atendimento de pós-vendas à frota circulante de importados no País. Dificilmente nossos associados conseguirão atingir a meta de venda de 35 mil unidades este ano”.

No acumulado de janeiro a novembro, as vendas de importados pelos associados da Abeifa atingiram apenas 31.218 unidades, o que representa a insignificante participação de 1,3% no mercado brasileiro de veículos.

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Novembro foi um péssimo mês para os importadores representados pela entidade. As 15 marcas filiadas à Abeifa venderam apenas 2.767 unidades, o que representou queda de 18,8% em relação a outubro, quando foram comercializadas 3.407, e de 6,1% no comparativo com o mesmo mês do ano passado (2.947 unidades).

No segmento de importados, as cinco marcas que mais venderam em novembro foram a Volvo (754 unidades/+4,6% sobre outubro), Kia Motors (661 unidades/-33,2%), BMW (330/-46,7%), Land Rover (242/-1,6%), e Porsche (219/ 12,9%).

De outra parte, as quatro montadoras associadas à entidade que produzem veículos localmente mantêm taxa de crescimento de 38,8% no acumulado, passando de 21.263 unidades licenciadas nos primeiros dez meses de 2018 para 29.506 unidades em igual período deste ano.

Entre as associadas com produção nacional, BMW, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki emplacaram 3.148 unidades em novembro, o que representou queda de 9,3% em relação a outubro, mas uma alta significativa de 41,5% ante novembro de 2018.

Somados os emplacamentos de unidades importadas e produzidas localmente, o ranking das cinco marcas, por volumes, aponta a Caoa Chery com 1.902 unidades (só nacionais), a BMW com 1.177 unidades (330 nacionais + 847 importados), a Volvo com 754 unidades (só importados), a Kia Motors com 661 veículos (só importados), e Land Rover com 418 veículos (242 importados e 176 nacionais).


 

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