Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador e chairman do Grupo Caoa, disse nesta terça-feira (10), que são poucas as possibilidades de sua empresa comprar a fábrica da Ford de São Bernardo do Campo (SP). Em suas próprias palavras, “são bastante remotas”.
Há cerca de três meses, o executivo participou de solenidade no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, ao lado de dirigentes da Ford, do prefeito de São Bernardo do Campo, e de secretários de Estado. Durante o encontro com a imprensa, o governador João Dória anunciou as tratativas entre os dois grupos e afirmou que em 45 dias uma decisão seria tomada.
Ainda que o tom das declarações de Andrade agora não sugira isso, o executivo completou que ainda não desistiu integralmente do negócio, embora não tenha revelado os principais entraves.
O Grupo Caoa, porém, segue com a intenção de produzir outra marca no Brasil, independente da compra ou não da cinquentenária planta da Ford, que foi desativada ao longo dos últimos meses. Andrade confirmou que segue conversando com três empresas chinesas para um novo projeto. A ideia é ter uma fábrica exclusiva para produzir mais um carro de passeio.
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Hoje a empresa produz automóveis e comerciais leves Hyundai e Chery em Anápolis (GO), cujo investimento é integral do conglomerado brasileiro, e também em Jacareí (SP), em participação igualitária com a Chery da China.
Além da produção de veículos, o grupo é o maior revendedor Ford do Brasil e representa ainda a japonesa Subaru. No total, agregando também lojas Caoa Chery e Hyundai, conta 214 concessionárias.
O CEO Mauro Correia, estima que o grupo fechará 2019 com cerca de 135 mil veículos vendidos, 25% a mais do que no ano passado. Para 2020, projeta crescimento igualmente expressivo e o recorde de 176 mil unidades.
Foto: AutoIndústria
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