A indústria brasileira de motocicletas ultrapassou novamente a marca de 1 milhão de unidades produzidas.
No acumulado até novembro, saíram das linhas de montagem dos fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus, responsável por 98% da produção nacional, exatas 1.038.696 unidades, 7,2% a mais do que em igual período ano passado.
O setor deve encerrar o ano, segundo os últimos cálculos da Abraciclo, com produção total acima de 1,1 milhão de motocicletas, alta de 6,6% sobre o resultado de 2018. Em novembro, 93,1 mil unidades foram fabricadas.
Apesar de confirmar a reversão da curva verificada no ano passado, depois de seis anos consecutivos de quedas, o resultado de 2019 está muito longe dos melhores tempos do setor. Em 2011 foi estabelecido o recorde em mais de quatro décadas de produção no Brasil: pouco mais de 2,1 milhões de unidades.
Com exportações historicamente absorvendo algo entre 5% e 10% das motos brasileiras — com queda de 45% este ano, os embarques somaram 35 mil em onze meses —, a indústria é altamente dependente do mercado interno. E ele tem reagido a ponto de justificar o ritmo mais acelerado nas fábricas.
No acumulado dos primeiros onze meses do ano, os fabricantes entregaram às redes de concessionárias 1 milhão de unidades, 13,7% a mais que no ano anterior. No mês passado foram contabilizadas 94,3 mil motos, número 8% inferior ao registrado em novembro de 2018.
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A Abraciclo projeta mercado total anual 11,8% maior do que em 2018, com 1,07 milhão de unidades vendidas no atacado. “Entre os principais fatores que estimulam os negócios está a maior oferta de crédito pelos bancos de grande porte, além das instituições financeiras de montadoras e, mais recentemente, até mesmo dos chamados bancos digitais”, analisa Hilário Kobayashi, vice-presidente da Abraciclo.
Motos da categoria Street são as mais vendidas no País, respondem por 49,7% do total, seguidas pelas Trail (19,9%), Motoneta (15%) e Naked (2,3%). Com 88,8 mil unidades vendidas até novembro, os scooteres já representam 8,8% do mercado total, é o segmento de maior ascensão no Brasil.
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