Índice é superior ao de 2019, que foi de apenas 2,3%. Projeção é chegar a 3,16 milhões de unidades.
A indústria automobilística brasileira fechou 2019 com a produção de 2,94 milhões de veículos, com pequena alta de 2,3% sobre o ano anterior, quando saíram das linhas de montagem 2,88 milhões de unidades. O crescimento foi menor do que o do mercado interno, que foi de 8,6%, refletindo a forte queda de 31,9% nas exportações.
Para 2020, a projeção é de uma expansão maior tanto nas vendas internas como na produção, com as exportações se mantendo em queda, mas em índice menor. Ao divulgar o balanço de 2019, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, projetou alta de 7,3% na produção, ou seja, a meta é atingir 3,16 milhões de veículos fabricados no ano:
“É um número expressivo, mas é importante lembrar que ainda estaremos 550 mil unidades abaixo do pico registrado em 2013, que foi de 3,71 milhões de veículos produzidos no Brasil”.
Apesar de ter crescido o volume de unidades fabricadas no País, o número de emprego foi reduzido em 4,9 mil vagas em 2019, estando atualmente em 125,6 mil. Contribuíram para esta redução o fechamento da Ford Caminhões no ABC paulista, a queda nas exportações que fez algumas montadoras suspenderem turnos de trabalho e também os investimentos em automação e Indústria 4.0.
Vendas internas – A estimativa para o mercado doméstico é de alta de 9,4%, com as vendas saltando de 2,78 milhões para 3,05 milhões de veículos. A projeção é bem próxima à da Fenabrave, a entidade que representa os concessionários, que programa aumento de 9,6% nas transações realizadas internamente.
Na avaliação do presidente da Anfavea, as vendas no varejo devem crescer mais este ano do que em 2019, quando a expansão foi de apenas 2,6%, com desempenho bem mais positivo no caso das vendas diretas, que ampliaram-se em 14,3% e passaram a responder por mais de 45% dos negócios totais do setor.
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Dentre os fatores que geram perspectivas positivas para o varejo automotivo, o presidente da Anfavea destaca a estimativa de alta de 2,4% do PIB, a retomada do emprego, a inflação sobre controle, a retomada da confiança do consumidor e a queda dos juros que favorece maior demanda por financiamentos. Segundo Luiz Carlos, a taxa anual de juros no CDC, Crédito Direto ao Consumidor, está na média em 19% e há possibilidade dela cair ainda mais, visto que a Selic está em apenas 4,5%, o menor índice da sua história.
“Estamos apostando que a maior oferta de crédito deve ampliar o movimento nas concessionárias”, destacou o presidente da Anfavea, informando ainda que a entidade estuda ações para incrementar o varejo, como redução do spred e do IOF nas transações financeiras, item que poderá fazer parte da reforma tributária.
Com relação às vendas diretas, ele lembrou que nem todos os negócios são feitos com locadoras como é comum se falar. “As locadoras respondem por 20% das nossas vendas. Os demais 25% das vendas diretas envolvem negócios com frotistas, outras empresas, taxistas e ainda o público PcD (pessoas com deficiência).
Foto: Divulgação/FCA
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