Marca alemã ultrapassou com folga a Mercedes-Benz em 2019, líder nos anos anteriores
Após três anos, a BMW retornou ao topo do mercado de automóveis premium no Brasil no ano passado. Em 2017 e 2018 a Mercedes-Benz esteve na ponta das vendas sempre com relativa folga – em 2019, a diferença ficou na casa de quase 2 mil unidades, quase um abismo para o segmento que reúne carros com preços de centenas de milhares de reais.
Em 2019, porém, a distância entre as duas marcas alemãs foi até maior em favor da BMW, que, segundo a Fenabrave, acumulou exatos 13.142 licenciamentos, contra 10.089 unidades emplacadas de modelos Mercedes-Benz.
A drástica inversão da vantagem deveu-se, de um lado, ao crescimento das vendas da BMW acima dos 15%, quase o dobro dos 8,6% de média do mercado brasileiro de automóveis, e, sobretudo, do fraco desempenho da Mercedes-Benz, do outro. Somados modelos nacionais e importados, a Mercedes-Benz contabilizou 2 mil emplacamentos a menos do que no ano anterior, um expressivo recuo de 17%.
Esse desempenho bem abaixo da média do setor ganha ainda maior relevância quando se sabe que, além da própria BMW, outras concorrentes diretas da Mercedes-Benz viram seus negócios no mínimo estáveis ou em forte ascensão.
A Audi, terceira marca mais vendida de 2019, somou 8,7 mil licenciamentos, pouca coisa acima do ano anterior. A marca, porém, ficou perto de perder a posição no ranking para a Volvo.
Mesmo somente com produtos importados, a fabricante sueca apostou alto nos SUVs híbridos e se deu muitíssimo bem. Encerrou o ano passado com 7.915 emplacamentos contra 6.831 em 2018, evolução de 15,8%. Só em dezembro a empresa negociou 980 veículos, seu melhor resultado mensal em toda a trajetória da marca no País.
LEIA MAIS
→ Daimler cria empresa independente de automóveis no Brasil
→ Mercado de importados encerra o ano passado 8% menor
O quarto lugar, contudo, não é a colocação desejada pela Volvo novamente em 2020. Luis Rezende, presidente da Volvo Cars Brasil e da América Latina, assume que sua empresa buscará a terceira posição, o que seria a primeira vez desde o início das i portações ainda na década de 90.
A BMW pretende continuar a ver essa briga apenas pelo retrovisor. Para isso, admite a intensificação de lançamento de versões eletrificadas de produtos atuais e novos. “Teremos uma nova ofensiva de lançamentos, com muitas novidades eletrificadas e diversas novas tecnologias”, antecipa Roberto Carvalho, diretor comercial.
Foto: Divulgação/BMW
Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…
100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…
Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…
Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…
Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.