O mercado de veículos na China no ano passado acumulou pouco mais de 28,5 milhões unidades vendidas, volume que representou declínio de 8,2% em relação a 2018. É segundo desempenho negativo consecutivo, depois de registrar queda de 3% no exercício anterior, a primeira contração desde os anos 1990.
Os dados são da CAAM, a associação chinesa dos fabricantes de veículos do país, divulgados à imprensa na segunda-feira, 13. Segundo informações das agências internacionais, a associação justifica o resultado negativo pelo menor crescimento da economia chinesa, além da guerra comercial travada com os Estados Unidos.
Do volume total, automóveis e comerciais leves somaram 21,5 milhões, retração de 9,6% sobre 2018, e 4,3 milhões reúnem caminhões e ônibus, volume 1,1% menor na comparação com o acumulado de 2018.
“Saímos do estágio de desenvolvimento em alta velocidade, após 28 anos de crescimentos consecutivos”, disse Shi Juanhua, representante da associação em entrevista coletiva. “Temos de aceitar a realidade de crescimento em uma velocidade menor. Espero que todos possam olhar com calma para o mercado.”
Vendas de elétricos recuam pela primeira vez
Segundo aborda reportagem da agência especializada Automotive News, devido a corte acentuados nos subsídios para estimular compra de elétricos e híbridos, no fim de junho, a demanda por veículos eletrificados registrou queda pela primeira vez. Nos segmentos, as vendas recuaram 4%, para volume em torno de 1,2 milhão.
Somente os negócios com automóveis 100% elétricos, o declínio foi de 1,2%, para 972 mil unidades, enquanto as vendas de híbridos plug-in caíram 15%, por volta de 232 mil modelos.
Conforme noticiado por agências internacionais, a projeção da associação chinesa para o período que começa é mais uma contração em 2020, de 2%.
Foto: Pixabay
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