Balanço divulgado pela Anfir na segunda-feira, 13, mostra que as vendas de implementos rodoviários no ano passado cresceram 33,67% sobre 2018. Acima, portanto, de projeções anteriores da entidade, estimadas entre 20% a 25%. De janeiro a dezembro, o mercado transportador adquiriu 120,5 mil unidades contra 90,2 mil equipamentos registrados um ano antes.
Como o mercado de caminhões, os protagonistas da recuperação da indústria de implementos são os pesados. Em 2019, reboques e semirreboques acumularam 63,5 mil emplacamentos, volume 42,1% superior ao apurado e 2018, de 44,6 mil unidades. Os negócios representaram mais de 52% das vendas totais.
Para Noberto Fabris, presidente da Anfir, o resultado apresentado reflete ritmo positivo da economia, embora aponte um desequilíbrio entre o campo e a cidade em virtude do desempenho apresentado pelo segmento de carrocerias sobre chassi.
Leves versus pesados
No caso, as entregas no ano passado somaram pouco mais de 57 mil unidades, o que representou alta de 25,3% em relação às 45,5 mil carrocerias negociadas em 2018.
A Anfir aponta que embora tenha registrado crescimento, historicamente a proporção de vendas é de 1,8 a 2 carrocerias a cada reboque ou semirreboque negociado.
“Isso mostra uma demanda reprimida”, avalia Fabris. “Devido a essa relação acreditamos que os negócios relacionados as operações urbanas ainda podem crescer mais.”
A associação prefere não estimar volumes, se limitando projetar o amplo espectro de dois dígitos em 2020. “Toda queda de mercado é muito rápida, enquanto sua retomada é sempre um movimento mais lento. Mas a atual curva positiva está se desenhando de forma consolidada o que indica que poderemos ter um ano muito bom para a indústria de implementos rodoviários.”
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Foto: Scania