A PSA se fundirá com a FCA em 2020 tendo registrado desempenho comercial negativo em seu último ano independente. O recuo de todos os seus mercados-chave foram determinantes para um resultado mundial que em nada pode ser comemorado. O grupo francês negociou no ano passado perto de 3,49 milhões de veículos, queda próxima de 10% com relação a 2018.
O bom desempenho de alguns comerciais leves na Europa evitou índices ainda piores. Mesmo assim, as diversas marcas do grupo negociaram sosmente 3,03 milhões de unidades no continente no ano passado, 2,5% abaixo.
A marca de luxo DS foi a única do grupo que registrou crescimento global em 2019: vendeu 62,6 mil unidades, 17,4% a mais. As de maiores volumes, porém, fecharam o balanço no vermelho. Com 1,45 milhão de unidades entregues, a Peugeot amargou queda de nada menos do que 16,3%, enquanto a Citroën (992 mil) viu suas entregas reduzirem 5,1% e a Opel-Vauxhall (977 mil), 5,9%.
A PSA argumentou que a forte baixa da Peugeot se deve a um momento de transição de seus principais produtos na Europa e contrapôs que as novas gerações dos modelos 208 e 2008, sobretudo suas versões eletrificadas, sustentarão novo avanço nos números este ano.
Em 2019, o 208, carro mais vendido da Peugeot, somou 277,5 mil unidades negociadas em todo o mundo, 5,9% a menos. Recuo maior foi registrado pelo SUV 3008, que atingiu 242,3 mil unidades, queda de 8,6% sobre o ano anterior.
Já as vendas na China, mercado que encolheu em média 8%, despencaram para 117 mil veículos, 55% abaixo do que a empresa registrara no ano anterior.
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A variação negativa no país asiático foi maior até mesmo do que no conturbado Oriente Médio, onde os volumes negociados, somados aos de países agricanos, encolheram 44%, para 164,3 mil unidades, muito em decorrência da saída das marcas do grupo do mercado iraniano em decorrência das sanções dos Estados Unidos.
A recuperação das vendas de automóveis no Brasil, o maior mercado da região, não evitou queda significativa também na América Latina. Prejudicado sobretudo pela drástica queda de mais de 40% do mercado argentino, onde tem importante presença, o grupo francês vendeu 22,5% a menos na região, somente 135,7 mil veículos.
Foto: Divulgação/PSA