Receita cresce 6,6% até novembro, mas número de empregos cai 4,2%, sinalizando 10 mil vagas a menos em 2019
Ante crescimento de 10% registrado no primeiro semestre de 2019, a indústria de autopeças foi desacerando o ritmo de expansão ao longo da segunda metade do ano passado e encerrou o acumulado até novembro com evolução de 6,6% no comparativo com os primeiros 11 meses de 2018.
Os dados divulgados nesta terça-feira, 21, pelo Sindipeças refletem principalmente a queda nas exportações do setor, visto que os demais negócios seguiram com balanço positivo ao longo do ano. Tanto é que para o acumulado até dezembro a entidade mantém projeção de alta de 5,1% no faturamento, atingindo algo próximo de R$ 144 bilhões.
Já no caso do número de empregos na indústria, o Sindipeças já admite que haverá uma redução superior à estimada para o ano, que era de 1,2%. Em seu relatório da pesquisa conjuntural do setor, a entidade revela retração de 4,2% no quadro de mão de obra até novembro, ou seja, a variação negativa no ano deve ficar mais próxima desse índice do que o da projeção inicial.
O número de empregados, que chegou a 257,5 mil no final de 2018, deve ser reduzido em algo próximo a 4%, ou seja, uma perda na faixa de 10 mil postos de trabalho em um ano. Também as montadoras fecharam 2019 com o quadro de mão de obra em queda de 3,7%, com o fechamento de 4,9 mil vagas.
Ainda segundo o Sindipeças, devido ao menor ritmo da atividade das autopeças, a ociosidade da indústria subiu 3 pontos porcentuais de outubro para novembro, passando de 26% para 29%.
LEIA MAIS
→Veículos: produção cresce 2,7% no ano, emprego cai 3,2%.
→Autopeças projetam faturamento de R$ 144 bilhões no ano
→Autopeças têm déficit comercial de US$ 3,8 bilhões até outubro
Segmentos – Enquanto a receita líquida da indústria brasileira de autopeças cresceu, na média, 6,6% no acumulado de janeiro a novembro de 2019 ante idêntico período de 2018, as vendas para as montadoras foram ampliadas em 9,8% e para o mercado de reposição em 7,3%. Já as exportações sofreram queda de 14,6% em dólar e de 7,2% em reais.
No comparativo de novembro com outubro houve retração de 5,6% no faturamento do setor, justificada pela programação das montadoras de férias coletivas, paradas técnicas e interrupções em dezembro. Vitimadas pela crise na Argentina e incertezas geradas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, as exportações, tanto em reais como em dólares, recuaram 4,4% e 6,0%, respectivamente.
O Sindipeças revela que a média das exportações de autopeças, mensuradas em dólar, apresentou queda de 11,9% entre o primeiro semestre e o período de julho a novembro de 2019. “Esse resultado denota os desafios que o setor enfrentará em 2020”, informa a entidade em sua pesquisa conjuntural divulgada esta semana.
Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…
Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa
É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…
Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km
Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027