A fábrica de São José dos Pinhais (PR) já produz a segunda geração do Duster. Nesta semana, a Renault confirmou para março a apresentação da renovação do SUV, que há tempos vem perdendo espaço para os concorrentes e até mesmo para outro Renault, o Captur.
O Duster foi lançado no Brasil em 2011 e desde então passou somente por ligeiras mudanças estéticas. Em 2019, foi apenas o 9º SUV mais vendido no mercado interno, com 26,1 mil licenciamentos e 4,3% de participação. Ficou logo atrás do próprio Captur, que assumiu a condição de utilitário esportivo mais vendido da marca em 2018, um ano depois de seu lançamento.
Só mesmo em 2012, seu primeiro ano integral nas revendas, o Duster liderou o segmento, ficando imediatamente à frente de Ford EcoSport e Hyundai Tucson, à época destaques do segmento que então respondia por menos de 9% do mercado interno, contra 26,6% no ano passado.
O recorde de vendas do modelo, porém, foi registrado no ano seguinte: 50,2 mil unidades negociadas, que garantiram o segundo posto e participação de 17,7% — perdeu para o EcoSport, que somou 66 mil unidades e 23% das vendas.
O Renault manteve o segundo posto em 2014, caiu para terceiro em 2015, para o quarto em 2016 e para o sétimo lugar em 2017. Mais do que o fato de estar há seis anos no mercado sem grandes alterações, a queda no ranking esteve ligada à chegada de diversos concorrentes de várias marcas a partir de 2014.
Um deles, o Jeep Renegade, estreou em 2015 já como o segundo SUV mais vendido e desde então domina o segmento ao lado do também Jeep Compass. Somados, eles respondem por 21% das vendas de utilitários esportivos. Captur e Duster têm 9% de participação e garantem à Renault como a quinta marca no ranking de vendas.
Com a chegada da segunda geração do Duster, a expectativa da montadora, que cravou seu melhor ano no Brasil em 2019, é diminuir a diferença para os líderes em alguma medida ainda este ano e especialmente em 2021, quando também o Captur passará por suas primeiras mudanças.
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O novo Duster não é novidade, foi apresentado na Europa há cerca de três anos e depois em outros países. Para o mercado brasileiro, porém, trata-se de um bom salto considerável de estilo com relação à atual geração.
Mudará por fora, mas também — e muito —,internamente, já que ganhará um painel totalmente novo. O motor, porém, seguirá o mesmo 1.6 SCe atual. Pelo menos até o ano que vem.
Foto: Divulgação/Renault
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