Negócios

Grupo Volkswagen quer comprar a Navistar por US$ 2,9 bilhões

Proposta ainda será avaliada pela fabricante norte-americana dos caminhões International e motores diesel

A Volkswagen AG, por meio do Grupo Traton, seu braço global de veículos comerciais, ofereceu, nesta quinta-feira (31), US$ 2,9 bilhões para comprar a Navistar International. Por enquanto, o conselho de administração da fabricante norte-americana disse apenas que analisará a proposta.

Em nota oficial, a Navistar confirmou que recebeu proposta “não solicitada referente a uma transação potencial para adquirir a empresa por US$ 35 por ação em dinheiro” e aconselhou aos acionistas não tomarem nenhuma medida até que a empresa avalie a oferta. “Não há garantias de que qualquer negociação entre a Navistar e o Traton”, acrescentou.

De qualquer forma, imediatamente as ações da Navistar, cujo maior acionista é o bilionário Carl Icahn, subiram 53%, para US$ 36,79, alavancada pela notícia da proposta do Grupo Volkswagen, que já possui participação de quase 17% na empresa americana, adquirida há cerca de quatro anos.

Desde então o Traton não escondia o interesse de participar de forma mais intensa do mercado de caminhões da América do Norte e fazer frente à Daimler e Volvo, seus dois principais concorrentes globais no segmento e que  atuam marcantemente na região, por meio, respectivamente, das marcas locais Freightliner  e Mack.

Centenária, a Navistar fabrica motores, veículos de defesa, mas é mundialmente conhecida por seus ônibus e caminhões da marca International. No Brasil, é dona ainda da MWM, que fornece motores para a própria Volkswagen Caminhões há cerca de três décadas.

LEIA MAIS

→ Grupo Traton registra alta de 4% nas vendas

→Mercado de caminhões avança 33% em 2019

A Internacional produziu aqui o caminhão pesado  9800 e o semipesado Durastar de 1998 a 2016, sem muito sucesso. Os primeiros 15 anos, em Caxias (RS), na fábrica da Agrale. Em 2013, inaugurou sua própria planta na também gaúcha Canoas.

Altamente dependente de conteúdo importado, a operação frequentemente enfrentou problemas com as variações do dólar e políticas industriais adotadas  elo governo. Em determinado momento, desistiu do mercado interno e se dedicou apenas à exportação até encerrar  a linha de montagem.


Foto: Divulgação/Navistar

 

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás