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Com capacidade limitada, Hyundai inicia exportações dos novos HB20

Montadora dedicará 5% da produção de Piracicaba para outros países

A Hyundai começou a exportar a segunda geração dos HB20 hatch e sedã, lançada em setembro do ano passado. Segundo a empresa, como decisão estratégica, os embarques permanecerão respondendo por somente 5% da produção da fábrica de Pirabicaba (SP), como vem ocorrendo há quase quatro anos.

A ideia de mandar não mais do que 10 mil veículos anualmente para outros mercados e priorizar o mercado interno se justifica pela boa demanda dos veículos da marca aqui, mas especialmente pela limitada capacidade produtiva da planta paulista inaugurada há sete anos e que ainda dedica boa parte da montagem também ao utilitário esportivo Creta.

Desde o ano passado, Piracicaba tem recebido investimento da ordem de R$ 125 milhões para aumento de capacidade, que poderá chegar a 210 mil veículos anuais, contra os 180 mil iniciais. Já produziu 198 mil unidades em 2016, seu recorde até hoje, mas na base de muitos dias e horas extras de trabalho.

Os emplacamentos dos três modelos nacionais somaram 194 mil unidades em 2019, ou seja, novamente no limiar da estrutura fabril disponível, mesmo com a troca de geração dos HB20, movimento que naturalmente atrapalha o fluxo produtivo e que impactou as vendas nos três últimos meses de 2019.

O cuidado em não desfalcar a oferta interna é tanto que a Hyundai começará a exportar a nova geração dos HB20 para Paraguai e Uruguai, mercados diminutos escolhidos como os primeiros a receber a geração anterior, a partir de 2016. Os dois países importam ainda o Creta desde 2017, que em 2018 passou a ser embarcado também para a Colômbia.

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Angel Martinez, vice-presidente comercial da Hyundai Motor Brasil, assegura que a montadora “vem prospectando mercados e tem condições de responder rapidamente às preferências de cada país”. Resta saber se, para isso, desfalcará as concessionárias brasileiras ou terá que ampliar novamente Piracicaba.

De qualquer forma, um bom problema e cada vez mais raro em uma indústria que já produziu mais de 3,7 milhões de unidades em 2013 e que em 2019, mesmo após a recuperação do mercado interno nos três últimos anos, fabricou pouco mais de 2,9 milhões de automóveis, caminhões e ônibus.


Fotos: Divulgação/Hyundai

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George Guimarães

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